O segundo volume de Black Hammer, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca, não avança muito no desenvolvimento da história, e isso pode ser frustrante para quem procura respostas e um passo maior rumo a solução do problema que foi apresentado no primeiro volume.
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Por outro lado, a revista continua incrível ao apresentar esses super-heróis problemáticos. A narrativa segue a mesma de “Black Hammer: Origens Secretas”, apresentando em cada capítulo um dos personagens que integra esse grupo, seus medos e dilemas.
Cada flashback é recheado de sátiras de várias épocas dos quadrinhos, incluindo um certeiro deboche sobre os uniformes e atitudes dos anos 90.
Se a solução do mistério ainda está longe, pelo menos somos apresentados a uma nova personagem que se mostra interessada em desvendá-lo, enquanto os outros estão em estado letárgico pelo tanto de tempo que estão presos nessa cidade pequena bizarra. Ela avança mais ainda em mostrar como o local é estranho e desperta mais ainda a curiosidade nos leitores.
A arte de Dean Ormston está ainda mais impactante do que no primeiro volume. Parece que ele se acostumou com os personagens na sequência das revistas e entrega um tom único a eles. Não consigo pensar em outro artista melhor para ilustrar Black Hammer. Talvez só Frank Quitely se encaixaria na proposta.
O trabalho de edição da Intrínseca mantém a qualidade apresentada no primeiro volume, com um livro impecavelmente bem editado. Com boa gramatura nas folhas, fidelidade de cores, mas sem luxos desnecessários para majorar os preços. O que é um alento hoje em dia.
Em resumo, Black Hammer: O Evento é uma HQ com personagens ricos, sci-fi muito bem estruturado e mistérios empolgantes, mas que não avança muito no desenvolvimento de história principal. A Dark Horse está de parabéns ao publicar essa trama e a Intrínseca ao trazer para o Brasil.
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