O segundo volume de Oblivion Song, que recebe o nome de “Entre dois mundos”, ilustra bem a dualidade que é viver entre essas duas dimensões apresentadas no volume um. A discussão aflora sobre onde é o nosso lar de verdade, onde nós nascemos e crescemos ou onde nos sentimos úteis?
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O encadernado segue sendo escrito por Robert Kirkman, criador deste mundo e de The Walking Dead, e desenhado por Lorenzo de Felici, cuja a arte é perfeita para representar os monstros bizarros que habitam essa dimensão alienígena. O trabalho de tradução continua por conta do Fernando Scheibe.
Um dos pontos positivos de Oblivion Song: Entre dois mundos é que a HQ mantém o ritmo contínuo entre aprofundamento dos personagens e a ação, com a dinâmica do primeiro volume, “Canção do Silêncio”. O leitor entende melhor as escolhas dos protagonistas, e isso torna a leitura recompensadora.
A história em quadrinho é divertida, uma ficção científica competente, com questões humanas mais elaboradas, mas sem ser densa. Até agora, a narrativa não é pesada e cruel como The Walking Dead. Com certeza o autor estabelece outro parâmetro aqui.
Para quem não leu o primeiro volume, assim como em TWD, o leitor também vai se deparar com o ser humano vivendo em sociedades improvisadas, entre monstros e privações. Entretanto, a grande diferença narrativa em Oblivion Song é que a nossa civilização ainda existe, e cabe à Nathan Cole o papel de trazer as pessoas entre as realidades.
A HQ Oblivion Song: Entre dois mundos não é vendida em bancas de revistas, mas sim em livrarias físicas e online como Amazon e Saraiva, por exemplo. Este primeiro volume possui 144 páginas, foi publicada nos Estados Unidos pela Image Comics e no Brasil pela Editora Intrínseca.
