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Crítica da HQ Oblivion Song: Canção do Silêncio

O quadrinho é vendido no Brasil pela Intrínseca e publicado nos EUA pela Image

O volume 1 da HQ Oblivion Song, com o subtítulo “Canção do Silêncio”, apresenta esse novo mundo distópico criado pela mente de Robert Kirkman, o mesmo escritor de The Walking Dead em quadrinhos. O livro é publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, mas nos Estados Unidos é uma obra da Image Comics.

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Assim como em TWD, o leitor também vai se deparar aqui com o ser humano vivendo em sociedades improvisadas, entre monstros e privações. Porém, a grande diferença narrativa em Oblivion Song é que a nossa civilização ainda existe, e cabe ao protagonista, Nathan Cole, o papel de trazer essas pessoas entre essas realidades.

O grande conflito trazido por este primeiro volume, e isso não é spoiler, é quando ele encontra pessoas que não querem ser resgatadas. Saem os zumbis e entram monstros bizarros de outra dimensão, mas a dinâmica entre os personagens, a convivência com o trauma, com a dor, são itens da história que estão presentes em ambos os casos.

Oblivion Song

A delícia de ler revistas em quadrinhos como esta é que não há nenhum momento de explicação enfadonha, nada é entregue de graça. As informações sobre o grande dia trágico vão sendo oferecidos aos poucos, em conta-gotas, ao mesmo tempo que você passa a entender porque Cole está tão obcecado em sua missão.

O desenho de Lorenzo De Felici é incrível para retratar essa dimensão chamada Oblivion e suas criaturas selvagens. Em certos momentos, o traço parece muito confuso, difícil de entender o que está no quadro, mas isso representa muito bem o ambiente opressivo no qual os sobreviventes estão.

Além disso, as pessoas de De Felici são mais humanas, menos heroicas por assim dizer. Isso combina muito, mais uma vez, com a proposta narrativa de Robert Kirkman como já conhecemos.

A HQ Oblivion Song: Canção do Silêncio não é vendida em bancas de revistas, mas sim em livrarias físicas e online como Amazon e Saraiva, por exemplo. Este primeiro volume possui 144 páginas, foi traduzida por Fernando Scheibe e reúner as seis primeiras edições do quadrinho americano.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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