Review: Metro Exodus

O game Metro Exodus abandona a ambientação construída nos dois primeiros jogos, o Metro 2033 e o Metro Last Light, para desenvolver novos panorama e motivação para o protagonista. Essas mudanças fizeram o jogo perder a sua principal identidade, seu apelo claustrofóbico e o medo do desconhecido.

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Se os primeiros jogos trancavam o jogador em um ambiente fechado e escuro, e adicionava uma dificuldade extra por causa da radiação e o uso da máscara, mas isso tudo é jogado fora para levar aos jogadores para o lado de fora, em busca de novos sobreviventes e para descobrir que tudo não passou de uma mentira.

Fora o aspecto moral, para quem acompanhou as primeiras edições desta história, essa mudança brusca de perspectiva também não deu certo no ponto de vista de gameplay. Se antes as criaturas eram um verdadeiro pesadelo para os sobreviventes, agora elas são só irritantes. A inteligência artificial não ajuda muito, e andar pelos campos abertos é sofrível.

Quem quer um bom jogo de ação com opções para explorar o cenário, também pode ficar um pouco decepcionado. As regiões por onde o jogador passa possuem poucos ou nenhum atrativo para as buscas. Além, é claro, dos incômodos relatados acima. As fases possuem sequências bem nos trilhos, sem trocadilhos, com quase nenhuma decisão tomada pelo jogador. Não há muito o que pensar, apenas seguir o script..

Por outro lado, este formato escolhido para Metro Exodus deixa o jogo muito imersivo, com sequências de ação dignas de cinema. Pena que essas cenas não foram suficientes para prender a minha atenção e curiosidade.

O sistema de mira é horrível, e trocar a visão normal para o zoom deixa o jogador totalmente perdido. Deste modo, tentar abater uma criatura que está distante, é uma tarefa deveras irritante. Neste enfoque, a dificuldade é muito desbalanceada, reduzindo ao mínimo a reserva de munição, enquanto enche o ambiente de muitos monstros. A conta não fecha nunca.

O trabalho artístico criado para Metro Exodus é muito respeitável. Os cenários são grandes, melancólicos e tem uma beleza ímpar no meio de todo esse caos. Entretanto, por causa dos problemas apresentados acima, não há interesse em explorar o horizonte enquanto estiver completando suas missões. O grande cenário acaba se perdendo nos problemas do jogo.

O primeiro jogo foi lançado em 2010 com o nome Metro 2033. A continuação chamada Metro: Last Light é de 2013. Ambos foram lançados para PC e Xbox 360, originalmente, e tiveram versões melhoradas para Xbox One e PlayStation 4. A série de games é baseada na coletânea de livros do escritor russo Dmitry Glukhovsky que já conta com três volumes: Metro 2033, Metro 2034 e Metro 2035.

O game está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC via Steam desde o dia 15 de fevereiro de 2019. Se é no computador onde você quer jogar, confira primeiro quais são os requisitos mínimos e recomendados de hardware divulgados pela Deep Silver, a distribuidora do jogo.