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Como voltei a jogar Magic: the Gathering 20 anos depois

Jogo completa 25 anos e é uma ótima oportunidade para voltar a jogar

Inspirado pelo artigo do Charlie Hall, do Polygon, resolvi contar a minha experiência de retorno ao Magic: the Gathering, também 20 anos depois, com o objetivo de incentivar outras pessoas com a mesma história pessoal e idade a retornarem também. Abaixo, tento descrever um pouco de como eu encarava o jogo na época, como encontrei ele depois de duas décadas e o que eu fiz para voltar a jogar.

Veja também: D&D terá guia com mundo de Magic: the Gathering

Comecei a jogar Magic muito novo, lá no ano de 1994, ainda não tinha feito 14 anos e não entendia muito bem como as regras funcionavam (pois não sabia inglês na época), muito menos a dinâmica entre as cartas. Alguns poucos amigos embarcaram na onda, mas não o suficiente para que me mantivesse muito tempo no jogo.

Iniciei no MtG com a “Revised Edition” em inglês (ainda não tinha em português), mas logo adotei a Quarta Edição e Ice Age para montar meus decks. Mesmo depois de parar de jogar, ainda comprei boosters e decks de Homelands, Aliança, Miragem, Alísios e Visões, depois, nunca mais.

Como era novo, fazia besteiras como comprar boosters aleatórios de coleções diferentes, sem critério e marcar as cartas para identificar que são minhas. Dá para acreditar? Logo parei de jogar e percebi que continuei comprando várias cartas por puro vício, que eu chamava de colecionismo. Por fim, tinha uma quantidade enorme de cartas, mas que não se “conversam”.

Cartas Legacy do Magic

Em 2004, vendi vários artigos de card game e livros de RPG que eu tinha, mas mantive minhas cartas de Magic, e acho que essa foi uma das melhores decisões que tomei.

O retorno ao Magic: the Gathering

Em julho de 2018, resolvi voltar a jogar, mas percebi que aqueles cards que comprei quando era adolescente, mesmo em grande volume, não eram suficientes para montar um deck que pudesse ganhar uma partida, mesmo entre amigos. Fui pesquisar e percebi a quantidade enorme de coleções que foram lançadas nessas duas últimas décadas que fiquei sem jogar, e quase desisti.

Muitas mecânicas inéditas para mim, cartas diferentes com nomes parecidos, diversas coleções lançadas anualmente. Tinha muita coisa para eu me atualizar. Sem falar nos PlanesWalkers, que eu não fazia ideia do que eram. Enfim, comecei a pesquisar e ler tudo que eu encontrava de relevante sobre Magic: the Gathering para me atualizar.

Entretanto, estava disposto a encarar isso tudo, e até reaprender a jogar se fosse necessário, tudo motivado pela vontade (quase necessidade) de ter mais hobbies offline, que me afastasse por longas horas do mundo digital, e da tela de um computador, onde passo a maior parte do dia trabalhando. Precisava encontrar algo para relaxar a mente.

Decks prontos de PlanesWalkers

Em uma dessas pesquisas, conheci os decks prontos de PlanesWalkers. Eu sei que qualquer jogador atual de MtG sabe disso, mas lembre-se, quero que este artigo sirva para incentivar outras pessoas a voltarem a jogar, ou para quem quer começar e não sabe por onde.

Decks prontos de PlanesWalkers

Esses decks são feitos para o jogador abrir, tirar da embalagem e começar a jogar. Qualquer pessoa pode fazer isso, mesmo que nunca tenha tocado em um desses cards. Os decks são montados em torno de um desses PlanesWalkers, e cada um possui a sua própria mecânica e cartas que favorecem a sinergia.

Nestas caixas, além de um deck fechado, o usuário consegue um ou dois boosters (dependendo da coleção) e um guia rápido com as regras básicas do jogo. Como eu ainda me lembrava de boa parte da dinâmica do jogo, recomeçar foi até fácil. O difícil foi pegar as novas palavras-chaves como Vigilância e Elo com a vida, por exemplo. Mas os fóruns do jogo estão aí para isso.

Esses boosters, cada um com 15 cards cada, servem para o jogador ter novas cartas que podem funcionar com o seu deck novo, e trocar uma ou outra quando achar necessário, ou quiser testar novas estratégias. Porém, a dica principal é se acostumar primeiro com cada um desses decks, entender como eles funcionam melhor para vencer, antes de começar a trocar os cards.

Voltando ao meu relato pessoal, esse momento de retorno foi justamente quando a expansão Dominaria estava em evidência, e a minha primeira compra, depois de mais de 20 anos, foi o deck do Teferi, que é feito com cartas azuis, brancas e muitos combos com artefatos. Mais para frente ainda adquiri a Liliana e o Sarkhan, da M19.

A nova Coleção 2019 e além

Em julho de 2018, saiu uma nova expansão chamada Coleção Básica 2019, que é uma excelente oportunidade para quem está começando do zero. Ela traz todo tipo de carta e mecânica comum ao jogo, um bom número de cartas no total (280), e ainda possui cinco novos decks prontos de PlanesWalkers no total, sendo um para cada cor. Dois deles você vê na imagem dos decks, como citei acima.

Magic: the Gathering - Nikol Bolas

As lojas e os campeonatos

Encontrar um boa loja, com um bom atendimento, é parte fundamental para incentivar o retorno. O próprio site oficial de Magic possui uma página que localiza as lojas próximas ao seu endereço, basta digitar em qual cidade está. Além de encontrar outros jogadores, essas lojas promovem campeonatos em vários formatos diferentes (que vou abordar em outro artigo).

Magic: the Gathering Arena

A Wizards of the Coast está trabalhando em um jogo eletrônico de Magic: the Gathering com o nome de MtG Arena. O game ainda está em fase Beta e é encarado como sucessor do Magic Online, mas não vai substituir o título, que continuará funcionando no PC.

Magic: the Gathering Arena

O Magic: the Gathering Arena, quando for lançado, será totalmente gratuito. Entretanto, o game terá também compras in-game para quem quiser “melhorar a sua experiência”. Sem dúvida, será uma ótima forma de conhecer as regras do jogo e a dinâmica das cartas antes de comprá-las em formato físico.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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