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Crítica: Selvagem

A obra já está à venda no Brasil em livrarias

A graphic novel Selvagem, de Clayton Junior, utiliza a antropomorfização para tratar de vários aspectos da nossa sociedade. Através de uma história guiada por bichos fofos, e o contraste entre uma fazenda e uma floresta, o leitor é levado a uma trama que contrasta com o visual bucólico e adiciona uma atmosfera melancólica à obra.

Veja também: Os Vampiros é o novo lançamento da SESI-SP Editora

Segundo a sinopse oficial, “Silver é um cão pastor e vive em uma fazenda desde que foi adotado, ainda filhote. Suas únicas amigas são as ovelhas de quem toma conta. Um dia, ao ultrapassar os limites da propriedade, faz amigos inusitados e entra em contato com um mundo totalmente novo”.

Selvagem - HQ

A cada novo capítulo, a história vai se modificando e levando o leitor para um novo caminho. Não se acostume com o que está estabelecido, pois expectativas serão quebradas a cada virada de página. Isso deixa você preso, querendo saber o que vai acontecer até a página final.

Sem quase conseguir respirar, você vai acompanhar o desenvolvimento do protagonista até o desfecho, que vai te deixar bem reflexivo. Traçar um paralelo entre o gibi e o nosso papel na sociedade, além de temas como amadurecimento, paixão e o tratamento dado à mulher, são apenas algumas das interpretações que podem ser dadas a Selvagem. É nessa versatilidade que reside grande parte do mérito desta HQ.

Selvagem

Não me sinto à vontade para criticar a arte de ninguém, pois não tenho o conhecimento necessário. Porém, achei o traço desta história em quadrinhos fantástico. Ele é simples, limpo, dinâmico e combina perfeitamente com o que está sendo contado, em perfeita sintonia.

A HQ Selvagem foi publicada originalmente na França com o título “Ma Vie de Loup”, mas foi produzida pelo curitibano Clayton Junior, competente ilustrador que mora em Londres. Aqui no Brasil, a obra foi lançada em março pela SESI-SP Editora e está sendo vendida em edição encadernada com 160 páginas.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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