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Review: Pathfinder: Kingmaker

Edição definitiva está disponível para PC e consoles

O jogo Pathfinder: Kingmaker pode ser considerado a melhor tradução de um RPG de mesa em um game digital. O título realmente deixa o jogador imerso nas regras do livro, no universo de fantasia e nos personagens, pena que ele está todo em inglês e muitos jogadores brasileiros não podem aproveitar melhor.

Veja também: Confira o review completo de Windbound

Produzido pela Owlcat Games e publicado pela Deep Silver, baseado no livro Pathfinder da editora norte-americana Paizo. O review foi feito em análise com a versão Pathfinder: Kingmaker – Definitive Edition, disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One.

O teste foi feito com uma cópia do PS4, cedida pela assessoria de imprensa. Se quiser ter o seu produto revisado aqui pelo Videogame Mais, seja game, tech, livros ou quadrinhos, envie uma mensagem.

Definitive Edition

O primeiro elemento que chama atenção é justamente o contato inicial do jogador com o game: a ficha de criação de personagem. O processo é completo, detalhista, mas sem parecer enfadonho. É sem dúvida a melhor maneira de iniciar uma nova aventura. Todo mundo que joga RPG sabe o quanto esse processo é importante e apreciado.

Como em todos os jogos do gênero, o jogador deve escolher a raça e a classe do personagem em primeiro lugar. Depois, divide os pontos entre os atributos e suas habilidades. Para terminar, apenas a construção visual é um pouco decepcionante pelas poucas opções.

Pathfinder: Kingmaker

Se não ficou claro até agora, entenda que Pathfinder: Kingmaker é um RPG de verdade. Não é um Diablo, mas também não é um “tactics”. Você pode andar livremente pelo cenário, explorar, procurar itens nos baús, mas deve obedecer os turnos de combate e até rolar dados para ações mais críticas.

O jogo é recheado de longos diálogos, em diversos encontros dos protagonistas com os NPCs. Desta forma, você pode conhecer melhor cada um dos membros do seu grupo, duas personalidades e um pouco da região e da política local.

Pathfinder: Kingmaker

Um ponto interessante disso tudo, é que os textos são entremeados com palavras de contexto que, quando se clica em cima, mostra o seu significado e um pouco de sua histórias. Mais ou menos como se tivesse navegado pela internet mesmo. Isso ajuda o jogador a avançar no seu conhecimento do universo do jogo, ou rememorar aquilo que já foi esquecido.

O Pathfinder: Kingmaker é tão completo na proposta de ser um RPG, que ele tem até regras para viagem e acampamento. É preciso respeitar o cansaço e a fome dos personagens, bem como as horas do dia. Quando o grupo para para descansar, o jogador deve definir como serão gastas essas horas, entre eles. Tem aquele que deve cuidar da guarda, enquanto outro cozinha e por aí vai.

Os cenários são ricamente construídos, com todos os detalhes e iluminação necessária para criar um bom ambiente de RPG. Além disso, é fácil navegar pelo mapa e pelos cenários fechados, mesmo quando o seu grupo está cheio.

Por outro lado, o inventário do jogo tem um aspecto complicado, difícil de se manter organizado, e encontrar aquilo que você quer, depois de algumas horas de aventura. Trocar itens entre os personagens é até possível, todavia, também não é uma tarefa convidativa.

Sem dúvida, o Pathfinder: Kingmaker não é um jogo feito para todo tipo de público. Os diálogos em inglês pode torná-lo muito restrito. Aliás, o próprio estilo do jogo deve atrair somente os mais experientes no jogo de mesa.

Pathfinder: Kingmaker

Gráficos - 9
Controles - 7
Som - 7
Diversão - 7

7.5

bom

Quem procura uma experiência fiel ao RPG de mesa, esta é a sua escolha.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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