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Review: Windbound

O jogo está disponível para consoles, PC e Stadia

O Windbound apresenta uma protagonista que se encontra perdida em um arquipélago que logo percebemos estar envolto em magia, e sinais de que ali passou uma antiga civilização. Este tipo de arquétipo narrativo é um dos meus preferidos, quando parte da história do game é coletar fragmentos desta população que não mais existe e tentar entender o seu fim enquanto vasculha ruínas.

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Por outro lado, este tipo de trama, comum em jogos de aventura e investigação, aqui está associado a um atípico jogo de sobrevivência e exploração. No game, os jogadores vão assumir o papel de Kara, uma jovem que se perdeu do seu grupo após naufragar por causa de uma tempestade em alto mar.

Produzido por 5 Lives Studios e publicado pela Deep Silver (Metro 2033, Saints Row), o game Windbound está disponível para compra no Nintendo Switch, PS4, Xbox One, PC com Windows e até mesmo no Google Stadia. Este review foi feito com uma cópia da versão PlayStation, cedido pela assessoria de imprensa do desenvolvedor. Se você também quiser um review do seu produto, entre em contato.

Windbound

O jogo traz uma campanha típica de sobrevivência para um jogador, como vários títulos do gênero que podem ser encontrados na Steam Store e Epic Games. Por outro lado, o Windbound acrescenta um enredo, um objetivo maior para a protagonista.

Ela não deve apenas viver mais um dia após o outro, pois o game adiciona capítulos e pequenas missões, ao contrário da jogabilidade aparentemente sem fim de vários concorrentes.

O gameplay começa com a protagonista aparecendo em uma ilha deserta, composta por flora e fauna que deve ajudá-la no processo de sobrevivência. O jogador precisa criar ferramentas, barcos e recipientes diversos, caçar animais para retirar sua carne e chifres (quanto tiver) e, assim, conseguir se alimentar e construir o necessário para acessar às outras ilhas.

Em cada nova ilha, o jogador encontrará itens melhores e precisará construir novos utensílios para superar outros desafios, como extrair algum tipo de material não apresentando antes. Até então, esta jogabilidade se parece muito com outros títulos que você já jogou, não é mesmo?

Diferentemente de jogos como The Long Dark, Rust ou Stranded Deep, em Windbound, o jogador deve acionar certos totens luminosos que, juntos, desbloqueiam o acesso ao próximo arquipélago (gerado de forma procedural), para também dar início ao novo capítulo desta história maior. O problema é que o game torna-se repetitivo quando o jogador ter que fazer tudo de novo, sempre que avança para a próxima etapa.

Pelo menos, é muito convidativo acompanhar o que a história apresenta entre os capítulos, sempre com uma nova fração das memórias que mostra a passagem dessa civilização perdida por estas ilhas (como no vídeo acima). Aliás, você encontrará várias das construções místicas desse povo nas ilhas que encontrar pelo caminho, desde as grandes, até as mínimas, o que torna a exploração ainda mais instigante.

Os gráficos são simples, mas muito bem polidos e com um um alto valor artístico. Sempre que chegar em uma nova ilha, é importante prestar atenção aos detalhes, para encontrar novos recursos e pontos de experiência que podem estar escondidos.

Por sinal, esses pontos de experiências serve para desbloquear novos “poderes” e tornar a sua jornada uma pouco mais fácil em certos momentos.

Windbound

O game Windbound tem um tom melancólico na maior parte do tempo, reforçada ainda mais pela sua trilha sonora suave e idílica. De forma contextualizada, a música muda para uma batida tribal quando um animal está preste a atacar a nossa sobrevivente, que serve para chamar a nova atenção para o perigo iminente.

Adoro jogos de aventura, mas confesso que não joguei tantos jogos de estilo “survival” para traçar um comparativo convincente. Entretanto, notei que as atividades físicas como corrida e natação consomem as forças da personagem de forma muito rápido, o que impede de explorar o território de forma mais rápida. Ela precisa ser alimentada o tempo todo para ficar viva, pois se morrer, terá que começar o capítulo atual do zero.

caçando animais

O Windbound é um jogo que acerta em cheio o coração de quem se apaixonou por games como Journey, Rime e The Witness, mas com uma roupagem diferente, que vai lançar o jogador em um novo desafio. Porém, é preciso deixar claro que é preciso uma boa dose de tenacidade para querer avançar no game. Não tem um jeito fácil, não tem uma forma rápida.

Windbound

Gráficos - 7
Controles - 8
Som - 7
Diversão - 8

7.5

bom

Um jogo que mistura mecânica de survival-crafting com aventura em lindo mundo aberto.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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