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Entenda o futuro do MTG Arena e o impacto no formato físico

Empresa aposta no digital para atrair jogadores para o card game clássico

O card game MTG Arena saiu da sua fase beta com a chegada de Trono de Eldraine, a nova expansão de Magic: the Gathering que está disponível em versão digital e física, de forma completa e gratuita para todos os jogadores de PC. Com grande aceitação do público brasileiro e global, entenda o impacto do jogo no modelo físico e o futuro do jogo virtual.

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Com a base de desenvolvimento consolidada, a Wizards of the Coast aponta para novos horizontes, com o objetivo de expandir para uma versão Mac OS, estabelecer um novo formato chamado “Histórico” e levar o “Brawl” (formato com comandante e apenas uma cópia de cada carta do Padrão) para o ambiente virtual. E isso parece ser só o começo da expansão do card game.

Como será o formato histórico e quando chega?

O “Histórico” aparecerá no jogo em eventos mensais a partir de novembro, quando os jogadores poderão jogar com os cards antigos, que saíram do modo Padrão após a primeira rotação do jogo. Nesta caso, os eventos poderão ser acessados com moedas ou ouro, valer para as recompensas diárias e semanais, e acumular XP para a Maestria.

Já em dezembro, a Wizards of the Coast promete implemetar o Histórico ranqueado em formato “melhor de três”, depois que a empresa avaliar como o “modo casual” será recebido. Novamente, os jogadores terão a oportunidade de progredir nas missões e obter recompensas diárias e semanais, bem como conquistar pontos para evoluir na Maestria. Vale ressaltar, porém, que essas duas atualizações ainda não têm dias certos.

E o futuro do desenvolvimento do MTG Arena?

De acordo com a arte divulgada em setembro pela Wizards of the Coast (imagem abaixo), está planejado para outubro o lançamento do formato “Brawl” construído, ou seja, os próprios jogadores poderão montar seus decks para jogar online.

MTG Arena - agenda

Vale lembrar que, antes do lançamento de Trono de Eldraine, o MTG Arena sediou um evento com os quatros decks selados que estão disponíveis no formato físico, para que o público pudesse conhecer cada um deles antes de comprar. Ainda em outubro, também poderemos ter “lista de amigos”, para selecionar e desafiar contatos com mais agilidade.

Além da óbvia inclusão das próximas coleções que serão lançadas há cada três meses, a agenda de desenvolvimento do jogo também prevê uma versão para Windows via Epic Games Store (atualmente só é possível baixar o instalador no site da Wizards) e uma versão para Mac OS. Também estão previstos envio de mensagens, inclusão de cards da história do Magic físico e novos tipos de eventos. Tudo isso ainda sem uma data.

MTG Arena

Entrevista com Carolina Moraes

Para entender qual pode ser o impacto do MTG Arena na comunidade brasileira, e o que podemos esperar do jogo daqui para frente, conversei com a Carolina Moraes, Gerente de Comunidade do Magic: the Gathering aqui no Brasil no estande do jogo na BGS 2019. Ela falou sobre o processo de localização do jogo físico e digital e como o jogo virtual pode mudar a forma de se jogar na mesa.

Podemos considerar o MTG Arena uma porta de entrada para outros produtos de Magic, certo? Já é possível sentir esse impacto na comunidade brasileira?

“Sim, com certeza. Observamos que por essa estética de partida ‘melhor de um’, as pessoas acabam preferindo porque as partidas são decididas de forma mais rápida. As lojas adotaram também esse formato no lugar da ‘melhor de três’. Com a partida “melhor de um”, a pessoa que trabalha tem pouco tempo sobrando, pode jogar na loja no final do dia e se divertir, pegar o seu prêmio e ainda chegar cedo em casa.”

Entrevista com Carolina Moraes

Surgiu uma dúvida acompanhando os lançamentos recentes. Se o Commander 2019 está disponível em português, por que o Brawl de Eldraine está somente em inglês?

“É só uma questão de vendas mesmo. Não é só pagar por uma tradução. O ponto de venda e a distribuição influenciam muito. Esse produto é inédito, uma estreia. Primeiro, a Wizards precisa ver como a comunidade reage. O Commander, por exemplo, não era localizado quando começou a sair. O Magic tem outros produtos que chegam ao Brasil somente em inglês, a série ‘masters’ é um deles.”

Como essa decisão é tomada?

“Com o feedback que a gente colhe via Wizards Play Network (WPN), o programa de lojas parceiras [da Wizards]. Automaticamente passamos para empresa uma base de dados, como quantas pessoas jogam no país, os formatos mais jogados… As lojas são estimuladas em criar novos DCIs (código de identificação de um jogador para participar de torneios e eventos oficiais) e relatar tudo sobre os seus torneios internos para a empresa saber informações detalhadas sobre a comunidade.”

Para fechar, o que você pode adiantar para o leitor do Videogame Mais sobre o modo histórico no MTG Arena?

“Eu também gostaria de saber. Realmente ainda não sei hahaha.”

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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