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Magic: the Gathering: entenda a raridade das cartas

Jogo tem 28 anos de história e muitas coleções

Identificar a raridade das cartas do Magic: the Gathering é uma tarefa trivial, pois todas elas são impressas com o símbolo da coleção na cor que indica o quão difícil é encontrá-la em um booster. Para quem está entrando agora neste universo, saiba que o preto é comum, o prata é incomum, o dourado é raro e o laranja é mítico raro. Isso é o básico, e se você chegou até aqui, talvez até já saiba.

Veja também: Magic: conheça a coleção Modern Horizons 2

Porém, nem sempre foi assim, pois nas expansões mais antigas de MTG, lá nos anos 1990, todos os símbolos eram marcados com preto, e as primeiras coleções do card game, nem mesmo tinham um símbolo desses.

A raridade da carta sempre terá uma relação sobre quais as chances de você abrir um booster e encontrar ela dentro, e é claro que a comum, como o nome indica, será impressa muitas vezes e você terá sempre mais do que precisa na sua coleção de Magic: the Gathering.

Magic: the Gathering

Desta forma, mesmo que as coleções antigas como “Quarta Edição”, “Miragem” ou “Visões”, por exemplo, não indiquem, elas têm sim cartas mais raras do que outras. Quando o jogo foi criado, Richard Garfield não queria sinalizar quais cartas eram mais raras do que outras de aparecer, ele queria que os próprios jogadores descobrissem por conta própria.

Portanto, a primeira coleção que teve os famosos ícones preto para comum, prateado para incomum e dourado para raro foi na coleção Exodus, de junho de 1998, cinco anos após a criação do jogo e lançamento das primeiras coleções.

Magic - Êxodo

Assim, se você quiser consultar a raridade de um card antigo, a melhor maneira é consultar o site Gatherer, que é oficial da Wizards of the Coast e possui o catálogo com todas as cartas já lançadas, incluindo suas regras e dúvidas. A comunidade costuma consultar também no Scryfall, que não é oficial, mas tem uma interface melhor e usa a mesma base de dados.

O poder da carta influi na sua raridade

A raridade de uma carta não conta apenas o quão difícil é achá-la, mas também o quão poderosa ela é para o jogo. Perceba que uma carta comum também são as mais simples, com pouco ou nenhum texto e regras de fácil entendimento.

Quanto maior a raridade, mais habilidades a carta terá. Isso não significa que não existam cartas raras e míticas ruins, pois têm e aos montes. Por outro lado, são maiores as chances de um card desse nível ganhar o jogo “sozinha” para você, depois que todas as outras já fizeram o seu serviço, é claro.

Magic: the Gathering

Quando os designers da Wizards criam uma nova carta, eles não pensam nela sozinha, de forma independente. Até porque uma carta solta (no vácuo, como se diz) não pode fazer nada, por mais poderosa que possa parecer. Muitos testes são feitos internamente para testar a sua interação em diversos formatos de jogo.

As cartas podem mudar de raridade

Por motivos que só a Wizards of the Coast conhece, as cartas podem mudar de raridade ao longo da história, para mais ou para menos. Muitas dessas mudanças visam estabilizar o metagame do formato onde ela fará parte, ou equilibrar o limitado, e tornar as partidas mais justas para todos.

Muitas vezes, uma carta considerada “boa” é impressa como incomum ou rara para limitar o número de vezes que ela vai aparecer em um Draft ou um evento de pré-release, por exemplo, e assim, deixar as cores mais balanceadas, para que nenhuma se sobressaia em uma partida de Magic.

Magic - Cast Down

Por outro lado, uma carta incomum, e até mesmo uma rara, também pode ser impressa como comum. Um dos novos exemplos é a carta preta Demover, uma remoção para criaturas não lendárias que estreou na coleção Dominaria, em 2018, como incomum, e virou comum em Double Masters.

Com isso, ela passou a ser legal no Pauper e tornou-se de forma instantânea a melhor remoção do formato, pois não há qualquer criatura lendária relevante.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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