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Crítica da HQ The Last of Us: Sonhos Americanos

O roteiro é dinâmico, bem construído e te prende por todas as páginas

A HQ The Last of Us: Sonhos Americanos, lançada aqui no Brasil pela editora NewPop, serve para apresentar um pequeno recorte na vida da protagonista Ellie, e como ela conheceu e desenvolveu uma amizade com outra personagem da franquia. Tudo isso antes de ela conhecer o Joel e seguir as aventuras do primeiro game.

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A edição brasileira é um encadernado, em volume único, que reúne as quatro edições lançadas nos Estados Unidos pela Dark Horse. A revista foi escrita por Neil Druckmann e Faith Erin Hicks, e desenhada pelo Hicks. As cores ficaram por conta de Rachelle Rosenberg, enquanto a tradução no Brasil foi feita por Débora Kosin Tasso.

A história é completa, a capa é feita de papel cartão e o miolo com papel especial de alta qualidade, mas creio que, mesmo assim, os R$ 29,90 ainda é um preço bem elevado. O roteiro é dinâmico, bem construído e te prende por todas as páginas do encadernado.

The Last of Us: Sonhos Americanos

Quando pega para ler, não consegue mais parar Porém, não acrescenta nada para a história e o background dos jogos, e isso pode ser frustrante para muita gente que busca novidade. De fato, se você não jogou os games nem mesmo conseguirá se conectar aos personagens.

Particularmente, não gosto desse visual cartunesco dos desenhos da Faith Erin Hicks, apesar de reconhecer a sua qualidade. Em um primeiro momento, rejeitei os traços por achar que eles não combinam com o tom sombrio deste cenário pós-apocalíptico, mas compreendo que ele foi escolhido para mostrar uma aventura lúdica entre essas duas crianças, e apresentar um contraponto para este época de pessimismo e opressão. Ainda há espaço para os mais jovens brincarem, sonharem e serem inocentes.

Não se engane, pois apesar da estética, esta graphic novel ainda é uma obra adulta, violento e lida com questões pesadas de uma sociedade em ruínas. É preciso destacar também o ótimo trabalho da edição brasileiro, tanto no material utilizado, quanto na tradução, não só dos balões de diálogos, mas por todo o cuidado em localizar as placas e painéis da cidade.

The Last of Us: Sonhos Americanos é um gibi totalmente indispensável para qualquer fã da série, entretanto, absolutamente descartável para quem não se interessa pelos games, ou nunca jogou. Eu estou no primeiro grupo, portanto, consegui curtir a viagem e terei ela eternamente na minha coleção.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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