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Crítica do filme Kin

Traz uma ficção científica competente com espírito dos anos 1980

Kin é um road movie que mistura ingredientes de um thriller policial com uma grande pitada de sci-fi. O filme conta a história de Eli Solinski (Myles Truitt), um garoto de 14 anos que acha uma arma futurista nos escombros de um prédio abandonado, algo que vai transformar a sua vida para sempre.

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Essa arma se torna a única proteção para Eli e seu irmão mais velho, o ex-condenado Jimmy Solinski (Jack Reynor), que deve atravessar as estradas americanas para fugir de um vingativo criminoso (James Franco) e duas figuras misteriosas de outro mundo.

Kin

Essa viagem inesperada explora um pouco da personalidade desses personagens e a relação entre eles, mas sem aprofundar em nada. Com um objetivo claro inicial, a trama caminha para uma sucessão de eventos sem muita conexão que, pelo menos, não faz o filme perder o ritmo.

Kin mostra um protagonista que está destinado a grandeza, mas não explora muito bem suas características e desejos. O personagem não cresce, não evolui, mas no final, sem spoilers, abre caminho para um universo inteiro de possibilidades, que se sair do papel, fará ele crescer muito.

Kin

Entretanto, como essa crítica está sendo escrita em cima de um filme que já existe, e não o que pode vir ou não a ser produzido, é preciso dizer que faltou consistência e profundidade nos personagens.

Kin abre caminho para três tramas diferentes, sendo um drama familiar, ação policial e aventura sci-fi. O grande problema é que nenhuma delas, a exemplo dos seus personagens, é desenvolvida com profundidade necessária.

Kin

Por se passar em um EUA atual e crível, Kin tem poucos elementos de ficção científica durante toda a produção. Isso não é um aspecto ruim, pelo contrário. Como um filme introdutório, ele funciona muito bem, pois mantém a curiosidade da audiência até o último minuto. Apesar de deixar o expectador no escuro até o final, a explicação é plausível e fecha todas as pontas.

Apesar de coadjuvantes, atores de peso como Dennis Quaid e James Franco cumprem bem o seus papéis. Apesar de que, é preciso dizer, que o segundo parece estar repetindo atuações anteriores, trabalhando um pouco no automático. Por outro lado, gosto muito da Zoë Kravitz, apesar da sua personagem ser totalmente avulsa no longa.

De forma geral, Kin diverte, vai prender a sua atenção e tem um ótimo ritmo, mas peca ao criar três tramas diferentes e não desenvolver nenhuma. O filme estreia no Brasil em 6 de setembro e é dirigido por Jonathan Baker e Josh Baker.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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