Review: Destiny 2: Renegados

Se o primeiro Destiny foi um aprendizado para a Bungie, principalmente em como criar uma narrativa, Destiny 2 foi um grande acerto neste segmento, trazendo enredos mais emocionais, personagens profundos, e diálogos mais ricos. Por outro lado, Destiny 2: Renegados reinventa a maneira como o estúdio desenvolve uma trama, criando algo mais pessoal, ligado à um sentido de vingança.

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Sem dúvida, a expansão Renegados desenvolve um modelo narrativo totalmente novo, como a Bungie nunca experimentou antes na série. Como um western espacial, os jogadores encaram os algozes de Cayde-6, o personagem mais popular do game. Não há mistério na trama, o assassinato, e quem o matou, está tudo entregue no trailer.

Entretanto, o grande valor dessa história não está em enigmas, ou no imprevisível. Isso não tem. Sim, está na maneira como essa narrativa move o gameplay. Depois de cenas da missão, o jogador deverá caçar os barões do crime da Orla Emaranhada, no Arrecife. Cada chefe desse é uma Aventura no mapa, modo de jogo introduzido em Destiny 2.

Nas expansões anteriores, e até no jogo base, as “Aventuras” eram eventos desconexos. Esses eventos faziam parte sim da mesma história, mas não tinha ligação direta com o desenvolvimento da trama. Parabéns para a Bungie por esse grande acerto em Destiny 2: Renegados.

A atividade Artimanha é algo totalmente novo em Destiny 2. Uma mistura de PvP e PvE que trouxe um novo frescor ao jogo. Se você participa das duas atividades igualmente, este modo de jogo vai lhe tomar muitas horas.

Neste caso, duas equipes trabalham em cenários diferentes, separadas por um portal que abre em determinados momentos. Cada time deve derrotar os monstros que aparecem para coletar Fagulhas para completar o seu próprio depósito ou enviar monstros mais poderosos para o local adversário. Quando essa criatura enviada chega no lado inimigo, eles não conseguem depositar as suas próprias Fagulhas e podem ficar atrasados.

Ao chegar em 75 Fagulhas, um monstro muito mais poderoso chamado “Primitivo” surge, e vence a equipe que derrotá-lo primeiro. Depois, a mecânica se transforma novamente, pois é possível invadir o cenário inimigo para, sempre que matar um Guardião adversário, curar o Primitivo e, de novo, atrapalhar seus concorrentes. Sem dúvida, é uma das melhroes coisas que a Bungie já pensou.

O mais interessante desta modalidade é que nunca o trabalho em equipe foi tão fundamental para a vitória em uma atividade de Destiny. Depositar fagulha antes que morra e perca tudo, ou esperar chegar a 15 para enviar uma grande criatura para atrapalhar o grupo inimigo? Gastar o tempo precioso para derrotar seu próprio Primitivo? Essas perguntas são feitas o tempo todo, pois a Artimanha abre um grande leque de estratégias, como nenhuma outra modo na franquia Destiny.

A volta dos contratos e a inclusão das Empreitadas são uma boa forma de manter o jogador ativo, interessado e, principalmente, ciente do que ele precisa fazer para ganhar recompensas valiosas. Encontraram uma excelente maneira de mostra ao jogador uma visão geral de tudo que ele tem pela frente.