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Crítica do filme Zootopia

A animação do estúdio Disney com mais cara de Pixar

Antes mesmo de entrar nos detalhes sobre Zootopia, é preciso dizer que esta é aquela animação que você sai do cinema com o maxilar doendo e os olhos cheios de lágrimas de tanto rir. A Disney acertou mais uma vez e provou que ela pode falar com todos os públicos sem precisar recorrer a Pixar.

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Mas calma, Zootopia não é apenas engraçado, essa seria uma análise muito simplória. A animação que estreou no último dia 17 (quinta-feira) nos cinemas brasileiros também passa algumas mensagens fortes e necessárias para a nossa sociedade atual.

A humanidade está passando por diversos problemas de convivência atualmente, estamos vendo casos de intolerância racial explodindo em diversas partes do planeta, inclusive aqui no Brasil. A animação mostra para as crianças (e adultos que esqueceram ou talvez nunca aprenderam), que não podemos julgar o valor de uma pessoa por causa de sua cor de pele, etnia ou qualquer característica física. No caso do filme, animais de diversas espécies.

Zootopia

Mensagens oportunas e importantes para as crianças, que estão aprendendo e assimilando o mundo neste momento. Zootopia consegue transmitir uma mensagem tão importante, mas de forma leve e divertida.

Outro ponto abordado pelo filme é a questão de acessibilidade nas grandes metrópoles. No caso, Zootopia, como o nome entrega, é uma grande utopia onde tudo funciona, e as diferenças de tamanho e dificuldade de locomoção dos diferentes tipos de animais são bem pensados para uma cidade planejada e acolhedora.

Quando escrevi no primeiro parágrafo que esta animação da Disney agradará à todas as idades, eu não estava usando nenhuma frase clichê de marketing. Zootopia é recheada de referências de filmes e séries adultas como O Poderoso Chefão, Breaking Bad, Até o Limite da Honra, com a Demi Moore, e muito mais. Pode levar as crianças no cinema sem medo que você vai se divertir.

Antes de terminar, eu preciso comentar que a dublagem brasileira está espetacular, com Mônica Iozzi no papel da coelhinha Judy, a protagonista, e Rodrigo Lombardi como a Raposa Nick. Sem dúvida, um excelente trabalho da dupla. Confesso que esperava bem menos.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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