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Crítica do filme Vidro

Desperdiça incríveis talentos com um argumento bobo e história caricata

O filme Vidro funciona como uma homenagem aos super-heróis das HQs, o problema é que o diretor M. Night Shyamalan já tinha feito isso em Corpo Fechado, de forma mais sutil e com uma história muito mais atraente.

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Vidro vem exaltar os super-heróis e vilões no cinema em um momento quando parte da audiência já está saturada com tantas produções desse gênero. Será que veio tarde demais? Realmente precisava voltar a esta história. São as questões que ficaram na minha cabeça durante toda a projeção.

Após o excelente e surpreendente Fragmentado, que colocou o diretor de volta sob os holofotes de Hollywood, Vidro chega para dar alguns passos para trás com uma história vazia, repetitiva e uma caricatura do próprio universo que ele criou. Por outro lado, o filme encerra a trilogia de forma decente e traz um final que quase o redime.

O casting é maravilhoso, com atores e atrizes como a excelente Sarah Paulson no papel da Dra. Ellie Staple, James McAvoy interpretando todos aqueles personagens da Horda e Samuel L. Jackson como o Sr. Vidro, todos primorosos. Até Bruce Willis como um retido David Dunn. Porém, há um certo desperdício de talento no geral, com certas cenas caricatas, algumas até desconfortáveis.

Vidro

De todos os atores presentes, Anya Taylor-Joy é a que mais está deslocada na equação, mas não por culpa dela, devo reconhecer. Após ótima atuação em Fragmentado, fazendo uma personagem que tenta fugir da Fera, ela volta a reprisar o papel de Casey Cooke e vai de paraquedas na trama, sem qualquer propósito consistente.

Vidro é um filme que faz todo sentido para quem viu os dois primeiros da trilogia, mas ao contrário dos anteriores, não funciona de forma isolada. Talvez esse seja o maior erro dele. Para os fãs deste universo, é um bom desfecho, com final surpreendente, uma marca do diretor.

O longa estreia no Brasil em 17 de janeiro, com produção da Blinding Edge Pictures e Blumhouse e distribuição da Buena Vista.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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