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Review: Tunche

Game foi testado em sua versão para PC

O Tunche é uma mistura de beat’ em up, o estilo de game que mais aprecio, e que me traz as melhores memórias, com o gênero roguelike, que apesar de estar muito na moda, é o que menos tenho interesse. Portanto, você já consegue imaginar que tenho um misto de sentimentos em relação à este jogo indie, mas o saldo é muito positivo.

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O título é uma produção da HypeTrain Digital e do estúdio peruano LEAP Game Studios. O Tunche traz como tema principal a Floresta Amazônica e seus mitos e está disponível desde o dia 2 de novembro para Nintendo Switch, PC, além dos dois consoles atuais do PlayStation e Xbox. Está totalmente traduzido para o português.

Sempre que o jogador avança nas fases do game, recebe o grau de “Experiência” necessário para progredir na história e, também, aprimorar os personagens com novos movimentos e habilidade. Isto é necessário para enfrentar as feras cada vez mais difíceis que surgem na floresta.

Os cinco personagens disponíveis são Rumi, a feiticeira; Pancho, o músico; Qaru, o menino pássaro; Nayra, a guerreira e Hat Kid do jogo A Hat In Time. Aliás, em modo coop, é possível jogar toda a campanha com até três amigos em sessões locais, cada um escolhendo uma dessas cinco figuras.

Tunche

Os heróis possuem características próprias e sua própria árvore de evolução, o que mostra o cuidado e o trabalho árduo destes desenvolvedores. O design também é único, pensado para representar cada um dos aspectos das lendas das florestas. Vale ressaltar também o fato de que o jogo é todo desenhado à mão.

Porém, infelizmente os vilões menores não possuem a mesma profunidade de design, ao contrário dos heróis, que são ricos e cativantes, faltou qualidade na arte dos oponentes. Em alguns casos, parece que faltou até mesmo um acabamento.

Tunche

O Tunche traz movimentos fluidos, combate rápido e combos divertidos. Todos os elementos que podem compor um bobm beat’ em up estão aqui. O que estrava é justamente essa mania de querer por roguelike em tudo.

Ok, isso é implicância minha, apenas gosto pessoal. Mas cresci jogando games onde o mais importante era a progressão, seguir em frente cada mapa, fase ou tela, não importa a dificuldade. A ideia de voltar para o começo, para uma base, por conta de um mísero erro, não é algo que me agrada. Ter que fazer tudo de novo, por mais que haja pequenas diferenças, nunca será um sinônimo de diversão para mim.

Tunche

Dito isto, é preciso deixar claro que Tunche tem ótima progressão do grau de dificuldade, com evolução inicial suave, enquanto o jogador se acostuma com os golpes e combos do personagem. Sabe que itens pegar no final da fase e como distribuir bem os pontos de habilidade pode ser decisivo para a sua evolução no jogo. Tire um tempo para estudar este aspecto.

Sobre os elementos, gráficos, Tunche tem um excelente efeito Parallax e um ótima perspectiva 3D em cima de uma jogabiliade 2D. Sem dúvida, não perde em nada para jogos com orçamentos maiores.

Tunche

Dois fatores me incomodaram quando se trata de elementos visuais. Primeiro, não existe uma barra de vida para os inimigos, um item natural em todo jogo de luta.

Depois, você passa um bom tempo inicial sem saber se está realmente progredindo no jogo, pois não há um elemento de design que indique isso, uma vez que as fases são muito curtas, parece cenários fechados ou inacabados. Creio que jogadores novatos ou iniciantes podem perder o interesse rápido.

Também senti falta de algumas variações verticais no cenário, pois os mapas parecem simples e não há possibilidades de interação para os heróis.

Tunche

Gráficos - 8
Controles - 10
Som - 6
Diversão - 7

7.8

bom

O Tunche é um jogo de "briga de rua" com proposta única e gameplay ágil. Ideal para jogar em dupla.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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