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Crítica: Rampage: destruição total

Filme estreia no Brasil em 12 de abril

No filme Rampage: destruição total, Davis Okoye (The Rock) é um primatologista muito ligado aos animais que protege, e gosta de passar mais tempo com eles do que com os próprios humanos. Paralelamente, uma grande corporação está fazendo testes de modificação genética em animais, quando amostras desses experimentos são perdidas, alguns animais são afetados – transformando-os em seres gigantes, mais fortes e mais agressivos. Um desses animais é o gorila albino George, de quem o protagonista cuida. Focado em salvar o amigo, ele vai até às últimas consequências.

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Tudo isso é uma grande desculpa para transportar para as telonas um jogo de videogame bem simples, onde os jogadores controlam as tais criaturas, com o objetivo de destruir a cidade de acumular pontos. O filme, por sua vez, é dirigido por Brad Peyton e conta no elenco principal com Naomie Harris (Dra. Kate Caldwell), Jeffrey Dean Morgan (Harvey Russell), Malin Akerman (Claire Wyden) e Jake Lacy (Brett Wyden). A estreia no Brasil está marcada para 12 de abril.

Na sequência inicial, o filme tenta nos indicar que ele terá um tom divertido, mas quase nenhuma piada funciona. Muitas são forçadas e algumas vezes ofensivas. Nem o carisma de The Rock salva, pois o roteiro o coloca em cenas de tensão que o ator não consegue interpretar, com frases de efeito desgastadas.

Rampage: destruição total

Em falar em interpretação, a dupla de vilões é caricata e beira o ridículo, com situações que parecem ter saído de um desenho animado. De uma forma geral, todos os personagens são rasos e suas motivações não são bem apresentadas. Desta maneira, Rampage: destruição total se segura nas cenas de ação, com os animais gigantes destruindo tudo.

O roteiro apresenta soluções preguiçosas, como o fato de o Davis ter sempre um helicóptero a sua espera quando ele precisa, não importa a situação.

Somente quando chega o terceiro ato é que o filme decide não se levar a sério, às vezes caçoando das próprias escolhas, oferecendo um humor que seria certeiro se essa fosse a abordagem desde o início. Outro ponto que incomoda é que a explicação da pseudo-ciência criada no início, e que baliza todo o filme, é jogada fora para favorecer algumas decisões insensatas de roteiro.

Para quem quer assistir destruição insensata e cenas de ação gratuitas, pode até funcionar. Entretanto, Rampage não empolga e deixa o sentimento de que poderia ser um filme pipoca divertido, mas não funcionou.

Beatriz Figueiredo

Meu nome é Beatriz, sou gastrônoma e estudante de Letras. No meio dessas duas formações, um dos meus hobbies preferido é ir ao cinema. Procuro frequentemente melhorar a minha compreensão sobre a sétima arte, para escrever aqui os meus dois centavos sobre o assunto.

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