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Crítica da HQ Deuses Americanos: Sombras

A obra de Neil Gaiman imaginada em quadrinhos

A HQ Deuses Americanos é quase uma transcrição literal do livro, reimaginada pelos roteiros e esboços de P. Craig Russel e a arte de Scott Hampton. A obra de Neil Gaiman está intacta, preservada nos mínimos detalhes. Sem dúvida, uma grande aquisição para quem se interessa por histórias fantásticas.

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A obra foi lançada nos Estados Unidos pela Dark Horse e chegou no Brasil pela Editora Intrínseca, que vem fazendo um excelente trabalho em trazer quadrinhos de qualidade para o nosso país. Por aqui, o quadrinho recebeu a tradução de Fernando Scheibe e Leonardo Alves.

Deuses Americanos

O livro Deuses Americanos, também relançado pela Intrínseca, foi dividido em três volumes quando adaptado para os quadrinhos, esse primeiro, intitulado Sombras, está disponível nas livrarias do país como Amazon e Saraiva, por exemplo. O encadernado tem 264 páginas.

Um dos pontos mais interessantes da HQ é conseguir visualizar situações que eram difíceis de imaginar lendo o livro e, com isso, ganhar uma nova experiência. Porém, quem nunca leu, também terá uma obra completa pela frente, e poderá aproveitar ao máximo a proposta.

Deuses Americanos: Sombras

O trabalho de Scott Hampton deixa o leitor angustiado e curioso ao mesmo tempo. Seu traço é simples, propositalmente sujo e instigante e, além disso, sabe contar uma história como ninguém. No final do volume, encontram-se vários esboços e storyboards dessa edição. Isso agrega muito valor ao produto.

Deuses Americanos

Além dele, outros artistas foram convidados a ilustrar certas passagens do livro que funcionam como flashback ou sempre que um conto antigo está sendo narrado por alguém. Nessa pegada, estão Fábio Moon, Dave McKean e outros.

Deuses Americanos: Sombras, assim como o livro, é uma HQ densa, cheia de sinismo e metáforas religiosas, que precisa ser lida com calma, para degustar esse universo insano criado por Neil Gaiman e captar todas as referências. Sem dúvida, uma obra obrigatória para todos os colecionadores de quadrinhos.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.
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