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Review: Dandara

O título é publicado pela Raw Fury no PC, consoles e mobile

O Dandara é um jogo estilo metroidvania extraordinário, diferente de tudo que você já jogou na vida. Os desenvolvedores brasileiros da Long Hat House criaram um mundo único, mágico, a partir de uma homenagem a Dandara dos Palmares, uma escrava guerreira brasileira. Confira logo abaixo o nosso review completo:

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O título é publicado pela Raw Fury em versões para PC via Steam, Mac OS, Nintendo Switch, PS4, Xbox One, iOS e Android. “Inspirado em uma guerreira histórica brasileira, o jogo Dandara traz à tona um bizarro universo de opressão nos moldes da literatura de George Orwell, com controles criativos, mecânicas fluídas e pixel art como cartão de visitas visual”, diz a descrição oficial do jogo.

O game transporta o jogador para uma região chamada Sal, um mundo surreal que foi dominado por um regime totalitário, que chegou de repente. Neste cenário, Dandara surge como um sopro de esperança para salvar o seu povo, mas principalmente, para ajudar aqueles anônimos que já estão na luta.

Dandara

Assim como eu qualquer jogo de plataforma metroidvania, os jogadores precisam descobrir novos poderes e habilidades para desbloquear um caminho que ele não conseguiu passar anteriormente. Porém, em Dandara, cada nova habilidade é representada por uma nova plataforma que é ativada por um dos moradores desta cidade oprimida, e sempre é uma figura ligada às artes, como música e artes plásticas. Deste modo, não é a própria personagen que vai ficando cada vez mais poderosa, e isso tem um porque.

Neste caso, a mensagem é bem clara para mim. Apesar de Dandara ter sido criada para livrar seu povo do sofrimento, qualquer regime autoritário só será combatido com a coletividade, e a cultura tem papel fundamental neste processo, afinal, é a primeira parte atacada por qualquer regime opressor. Enfim, além de um gameplay fantástico, ainda passa uma mensagem linda, necessária e muito atual.

Claro, essa foi a minha interpretação, mas o jogo deixa tudo em aberto para que cada um obtenha a sua própria impressão, uma vez que a história, na realidade, é bem vaga. Há poucos diálogos e quase nenhum NPC para preencher as lacunas.

O gameplay é algo realmente único e instigante. Confesso que não sou realmente fã de jogos do estilo metroidvania, nunca foi a minha principal escolha na hora de jogar. Mas Dandara traz um frescor, um jeito nosso de se jogar, que acendeu a minha curiosidade.

Dandara

Principalmente, fique sabendo, que a protagonista não anda ou pula pelo cenário. Todo tipo de movimento é feito através de um tipo de gancho que faz ela viajar do ponto A ao B, sempre usando essa mesma técnica para desviar do perigo, passar por obstáculo e avançar para a próxima fase, em um cenário que rotaciona e desafia a física. Evidentemente, em um ambiente tão surreal, o design de fase e a jogabilidade deveriam acompanhar essa proposta. Tudo encaixa muito bem.

Esse tipo de jogabilidade cria uma camada extra de dificuldade quando for enfrentar os chefes de fase, que são momentos realmente tensos e desafiantes dentro do game. A música, por outro lado, completa bem o ambiente proposto e dá uma imersão incrível, mas é bem repetitiva.

Dandara é um game desafiador, que vai agradar em cheio um público muito específico. Se você gosta de explorar o cenário, ter a sua habilidade testada e se divertir muito no processo, você é o alvo deste game. Altamente recomendado.

Dandara

Gráficos - 7
Controles - 9
Som - 8
Diversão - 9

8.3

muito bom

Excelente jogo de plataforma, estilo metroidvania, que revitaliza o gênero e coloca a sua marca na indústria.

User Rating: 4.3 ( 2 votes)

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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