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Crítica do filme Ava da Netflix

O filme é dirigido por Tate Taylor e escrito por Matthew Newton

O filme Ava, estrelado e produzido por Jessica Chastain, parece uma tentativa muito mal sucedida de fazer um novo “John Wick” feminino. Uma assassina de elite traída por seus parceiros, e em rota de fuga, enquanto tenta resolver seus problemas pessoais parece um plot que você já viu em algum lugar.

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Entretanto, Ava é um filme confuso, sem graça, com muitas atitudes inexplicáveis por parte dos personagens. As cenas de ação são sofríveis, pois além de a audiência não conseguir entender o que está acontecendo, os movimentos e condutas não possuem nenhum efeito objetivo.

A protagonista é apresentada como uma pessoa super capaz, fria, a melhor de sua agência, pois foi treinada pelo mais experiente o ofício, Duke, interpretado por John Malkovich. Por outro lado, Ava apresenta certa instabilidade emocional, o que motiva um membro da associação a tentar matá-la.

No decorrer da trama, os personagens são apresentados de forma superficial, e você fica sem entender suas motivações. Incluindo a protagonista, que mesmo com todo o talento da atriz Jessica Chastain, não conseguiu salvar a película.

Ava (Netflix)

A trilha sonora é tão ruim, que não causa qualquer impacto nas cenas. Me parece ilógico as escolhas feitas neste quesito, pois tudo parece desconexo e pobre. Ainda na parte técnica, o longa tem alguns cortes tão mal realizados, que pode fazer o espectador se perder na trama, principalmente quando há uma troca no tempo.

Outro caso difícil de entender, é porque assassinos profissionais tão treinados e espertos tomam decisões tão estúpidas, como tentar matar uma pessoa, não conseguir, e sair andando do local tranquilamente sem a sua própria arma, por exemplo. Sim, isso acontece no filme e é absolutamente inconcebível.

Ava (Netflix)

Ava, que é exclusivo da Netflix para distribuição mundial, peca em diversos pontos, desde o roteiro até a montagem. Realmente um filme que não deve colher frutos, apesar do gancho deixado no final para uma possível sequência.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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