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Crítica do filme Aquaman

Estreia nos cinemas em 13 de dezembro

O filme do Aquaman é o mais próximo dos quadrinhos do que uma produção da DC conseguiu chegar. Sem dúvida, é a forma da Warner de mostrar que desceu do pedestal e está pronta para a era atual dos filmes de super-heróis. Mas isso não quer dizer que necessariamente vai agradar a todo mundo.

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Aquaman pode parecer brega, mas é proposital, pois o visual é tão extravagante que põe Avatar no bolso. Esse vínculo fidedigno com os quadrinhos pode fazer muita gente torcer o nariz, mas deve deixar o fã da DC Comics empolgado. Se um personagem tem uma máscara com certo design, ela é assim no filme e não parece ridícula, não destoa, pois está dentro de todo um contexto.

O Jason Momoa (Frontier) está solto no papel, e entrega um Aquaman que eu queria ver nos cinemas, com uma sutil mistura do personagem da era Peter David, com todo o contexto da era Geoff Johns e Ivan Reis. Em nada se compara com o que foi apresentado no filme Liga da Justiça, e isso comprova como a direção faz toda a diferença.

Como leitor de HQ, não poderia deixar de dar este toque, mas sei que somos minoria quando se trata da audiência global do cinema. E como filme, Aquaman funciona muito bem, pois é divertido, ousado e traz cenas de ação impactantes e claras, que mostra para os espectadores exatamente o que está acontecendo.

Aquaman

Por outro lado, como grande parte do longa é feito em CGI, tudo fica mais artificial, menos crível e perde um pouco do impacto. É difícil dar o real peso ao que está acontecendo, pois em nenhum momento os protagonistas parecem estar realmente em perigo, uma vez que todos são bonecos de computação gráfica na maior parte do tempo.

A Mera mereceria um capítulo a parte, pois Amber Heard (A Garota Dinamarquesa) está perfeita no papel. A personagem é muito poderosa, presente, decisiva e a produção não economizou nos efeitos visuais de seus poderes.

Aquaman

O roteiro é simples, mas redondo. Entretanto, pode parecer pobre ao se utilizar de uma mesma situação quatro vezes. Um momento de conflito que deveria ser uma surpresa, só o é para os protagonistas, mas não para a audiência que já sabe o que vai acontecer, de tanto ver o mesmo recurso narrativo.

O Aquaman estreia no Brasil no dia 13 de dezembro e também conta no elenco com Willem Dafoe, como Vulko, Patrick Wilson como Rei Orm, Nicole Kidman como a Rainha Atlanna, além de Dolph Lundgren (Rei Nereus), Yahya Abdul-Mateen II (Arraia Negra) e outros.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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