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Crítica: Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

É definitivamente um filme para os fãs

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald é a continuação de Animais Fantásticos e Onde Habitam, franquia que se passa no mesmo universo de Harry Potter. A continuação começa com Grindelwald (Johnny Depp, Assassinato no Expresso Oriente) preso no Congresso Mágico dos EUA e escapando da a custódia. Seu plano é recrutar seguidores bruxos de sangue puro para dominar o mundo mágico e o mundo dos trouxas (os que não nasceram bruxos).

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Newt Scamander (Eddie Redmayne, A Teoria de Tudo) então é recrutado por Alvo Dumbledore (Jude Law, Sherlock Holmes) para enfrentar essa ameaça. No caminho, ele reencontra os amigos Tina Goldestein (Katherine Waterston, Alien: Covenant), Queenie Goldstein (Alisson Sudol, Between Us) e Jacob Kowalski (Dan Fogler, Escola de Idiotas).

Enquanto no primeiro filme a história foi apresentada de forma que o público além dos fãs pudesse entender, a sequência aborda questões, termos e regras já estabelecidos na franquia anterior. Dificilmente quem não acompanhou a história de Harry Potter poderá assimilar tudo o que é apresentado em tela. Mas não é impossível, já que a história se passa décadas antes da história original.

A direção de David Yates (Harry Potter e as Relíquias da Morte) em Animais Fantásticos e Onde Habitam ele parecia um pouco perdido sobre o tom e o ritmo da trama. Já em Os Crimes de Grindelwald, onde ele volta ao comando da direção, essas questões são ajustadas. O ritmo do longa ganha um pouco mais de suavidade em suas transições, cujo roteiro contém histórias paralelas com uma principal conduzindo. E o tom fica mais acertado, com senso de urgência e de que algo maior está para acontecer. O alívio cômico também é ajustado na sequência. Sendo mais sutil, menos bobo e usado em momentos pontuais.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

A trilha sonora de James Newton Howard (O Cavaleiro das Trevas) é uma personagem extra na narrativa, sempre presente e perceptível. Com composições que ajudam a transportar o público para o universo de fantasia tanto em momentos bucólicos quanto nos momentos intensos.

Com mais de duas horas de duração, pode parecer um pouco longo. Realmente, certas sequências são apresentadas apenas para fazer um uso grandioso de efeitos especiais. Que em geral são muito bem utilizados. Porém, a trama é mais rica nessa sequência. O roteiro de J.K Rowling recebe decisões que podem desagradar alguns fãs fervorosos, mas essas escolhas servem para provocar revelações e acertam ao causar impacto na audiência.

Animais Fantásticos 2

A escolha de Johnny Depp para ser um dos principais personagens dessa nova franquia foi cercada por polêmica desde as gravações. O motivo foi por ele ter protagonizado um escândalo de violência doméstica com sua ex-esposa Amber Heard. Confrontada pelos fãs, a autora J.K Rowling se pronunciou em defesa do ator declarando que ele fez um excelente trabalho e que não pretendiam fazer alterações. E é possível ver que a atuação de Johnny Depp melhorou em relação aos seus últimos trabalhos. Aqui, ele atua de forma menos caricata e espalhafatosa, mostrando um Grindelwald contido e persuasivo, dando essência ao vilão que podemos de fato ter medo.

Os personagens ganham um contorno mais complexo, e isso é bem expressado nas atuações. O elenco têm diversidade e conta com Ezra Miller (Liga da Justiça), Zoë Kravitz (Kin), Claudia Kim (A Torre Negra), Callun Turner (Apenas um Garoto em Nova York), William Nadylam ( O Caso SK1), Carmem Ejogo (Selma: Uma Luta Pela Liberdade), Poppy Corby-Tuech (Una) e Kevin Guthrie (Dunkirk).

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald estreia no Brasil no dia 15 de novembro, distribuído pela Warner Bros. Entertainment.

Beatriz Figueiredo

Meu nome é Beatriz, sou gastrônoma e estudante de Letras. No meio dessas duas formações, um dos meus hobbies preferido é ir ao cinema. Procuro frequentemente melhorar a minha compreensão sobre a sétima arte, para escrever aqui os meus dois centavos sobre o assunto.

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