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Review: Hotline Miami

O gráfico é propositalmente tosco, faz parte da estética proposta

Em uma análise rápida, Hotline Miami pode ser confundido com um game frenético de ação, mas por outra perspectiva, trata-se de um título com muitos puzzles para resolver em cada fase. Quem já jogou sabe, não adianta sair de peito aberto atirando para cima dos inimigos, é preciso explorar bem a organização dos cenários, se esconder e surpreender cada vítima.

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De fato, o estilo retrô deste game indie não me capturou em um primeiro instante. Mas foi só eu dar uma chance para ficar viciado. Tanto que terminei ele no PS Vita e logo depois fui jogá-lo no PlayStation 3 e zerei novamente. Tudo, em conjunto, coopera para tornar este game único: o clima noir violento dos anos 1990, a trilha sonora inebriante e uma mecânica muito inteligente, que não deixa o jogador irritado quando tem que repetir tudo de novo.

O gráfico é propositalmente tosco, faz parte da estética proposta pelo jogo, para lembrar muito os games de arcade dos anos 1990. Por isso, seria leviano de minha parte dar uma nota baixa por causa disso. Mas de qualquer maneira, entendo que poderia ser melhor em alguns aspectos.

Em certas ocasiões, fica até difícil compreender o que está acontecendo na ação ou no cenário, e até atrapalha o entendimento da história. Para isso, nem adianta jogar numa tela maior, sendo assim, é até melhor rodar Hotline Miami no PS Vita do que no PlayStation 3, pois fica bem mais bonito. Além da tela ideal, é o típico jogo que você quer jogar em qualquer lugar, aos poucos, fase por fase.

Hotline Miami

Hotline Miami é contestador, debochado e te faz pensar: “para que essa violência toda?”. Mas você se alimenta disso, se diverte e quer mais e mais. Até por isso, o game te propõe diversas maneiras de matar os bandidos, com escopeta, pistola, facas, taco de Beisebol, ou simplesmente batendo com a cabeça dele contra o chão até estourar em uma poça de sangue.

Jogabilidade viciante

O jogo parece difícil no começo. Mas quando você pega o jeito, e entende que não adianta sair correndo que nem um louco, ele passar a fluir muito melhor. E quando você estiver realmente se divertindo, ele acaba. Enfim, a jogabilidade realmente me cativou, por fazer eu querer melhorar ainda mais.

A trilha sonora merece um tópico a parte. Para recriar todo esse clima dos filmes violentos dos anos 1980, escolheram uma playlists de músicos independentes da cena atual (como Sun Araw, MOON, El Huervo e Coconuts), com muitas músicas alternativas, psicodélicas e eletrônicas. É uma viagem sensorial.

Hotline Miami

Gráficos - 8
Controles - 8
Som - 10
Diversão - 10

9

excelente

O game faz o jogador tentar ser cada vez melhor para superar as fases desafiadoras.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.
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