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Crítica: Star Wars: O Despertar da Força

O filme traz a franquia para uma nova geração

O filme Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens), o sétimo episódio da série do cinema, teve a ingrata missão de suceder a péssima trilogia dos anos 2000. Imagina a responsabilidade que o diretor J.J. Abrams assumiu quando ele assinou aquele papel: criar um filme que agradasse aos fãs e que retomasse aquela magia deixada pela trilogia clássica.

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Essa parceria com a Disney, que comprou a LucasFilms, não só atingiu este objetivo como produziu o melhor filme de Star Wars desde a década de 1980. Arrisco a dizer que ele só não é melhor do que “O Império Contra-Ataca”. Confira este review sem spoilers, aliás, como tudo que é publicado aqui no Videogame Mais.

A expectativa de todo fã da saga estava lá no alto e só se falou Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força durante os últimos meses. Todos os sites de entretenimento, campanhas de marketing, merchandising, podcasts, videocasts, programas de TV, jornais e revistas deram grande destaque ao tema e comentaram cada trailer, cada pôster revelado.

Star Wars 7 - Rey

Se a série no cinema perdeu um pouco da magia com aquela trilogia de filmes que muitos nem consideram que existe, a franquia como um todo nunca perdeu sua força (com trocadilhos, por favor). Todo o interesse do público e o aumento no número de fãs dos últimos anos se sustentou por conta das animações, dos games e outros produtos de mídia muito bons que nunca pararam de ser lançados.

Mas não é disso que vou falar agora, não cabe neste review. Só estou ilustrando a tal responsabilidade de J.J. Abrams que citei no primeiro parágrafo. Que outro produto da cultura pop tem o poder de levar uma enorme quantidade de pessoas aos cinemas com a camisa da saga, ou até fantasiados, durante o fim de semana de estreia. E não estou citando apenas as sessões fechadas ou encontro de fãs.

Sobre a história, é curioso notar que, em nenhum momento do período de divulgação do filme, a Disney revelou qualquer sinopse oficial ou informações sobre o plot, por menor que fosse a informação. Todos os fãs foram para o cinema sem saber nada sobre a trama, e quem conseguiu fugir dos spoilers, com certeza teve muitas surpresas.

Star Wars - Kylo Ren

O filme tem uma estrutura narrativa muito parecida com o Episódio IV, mas essa “repetição” não é ruim. Claramente eles usaram diversos elementos conhecidos pelo público para trazer identificação, mas com o objetivo de apresentar novos personagens e um novo rumo para série, diferente de tudo que vimos antes. Porém, se um elemento se repetiu, e até me incomodou bastante, foi a nova “Estrela da Morte”. Parece que os vilões da galáxia não conseguem bolar outro plano que não seja um planeta que atira em outros.

O Star Wars: O Despertar da Força respeita os novos fãs, faz uma homenagem aos mais antigos e tenta atrair novos, renovando a linguagem, os efeitos visuais e, principalmente, a personalidade e as características dos protagonistas. Até os stormtroopers ganharam personalidades e reações não robotizadas.

Finn - novo personagem

Finalmente a Disney se convenceu do quanto a representatividade é importante para a cultura pop e para a nossa sociedade, e isso se reflete no fato de os três protagonistas serem uma mulher, um negro e um latino. Aliás, todos os atores estão perfeitos em seus respectivos papéis, John Boyega como Finn, Oscar Isaac como Poe Dameron, Daisy Ridley como Rey e Adam Driver no papel do antagonista Kylo Ren, o líder dos Cavaleiros de Ren, uma nova ordem sombria que surgiu com o fim dos Siths.

Falando do lado sombrio, só senti falta mesmo de uma maior participação de Gwendoline Christie, a Capitã Phasma (imagem abaixo), líder dos stormtroopers. Uma personagem tão forte e expressiva, mas que teve pouca participação em tela.

Leia - Princesa e General

Apesar de ser apenas o primeiro filme da trilogia, eles conseguiram fechar a trama principal, que motivou todos os personagens, e ainda deixou um gancho espetacular para o segundo filme. Claro, algumas perguntas ficaram sem respostas, e isso é proposital para deixar o público interessado e curioso com os acontecimentos da sequência, que só virá em 2017.

Não sei se consigo aguardar dois anos, pois quando se trata de um filme de Star Wars, duas semanas já é uma eternidade.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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