Review: Earthlock: Festival of Magic

RPG ocidental com a marca de uma produção japonesa

O Earthlock: Festival of Magic é uma bela homenagem aos jogos clássicos estilo JRPG que fizeram parte da nossa vida gamer, como a série Final Fantasy, Chrono Trigger e tantos outros. Apesar de ter sido lançado em setembro de 2016, o game possui um visual que lembra os jogos do PlayStation 2.

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O game foi lançado para o Xbox One em 1º de setembro e entrou para o programa Games with Gold do mês. Assim, todos os assinantes da Xbox Live Gold podem baixar e jogar de graça o título até 30 de setembro. Uma versão para Mac e Windows chegará ao Steam no dia 27 de setembro, e ainda há a promessa que o jogo chegue também no PlayStation 4 e Wii U, ainda sem uma data. Earthlock: Festival of Magic foi desenvolvido e publicado pela Snowcastle Games.

Na história, um evento cataclísmico fez com que o mundo de Umbra parasse de girar. Neste cenário, grande parte da população foi dizimada, e apenas uma pequena região ainda é habitável. Agora, cabe a Amon e seus amigos encarar essa aventura e proteger a humanidade. Amon, claro, é aquele herói improvável, um caçador de relíquias que se preocupa apenas com o seu lucro, mas se encontra em um momento que deve desafiar o perigo para salvar o mundo onde vive.

Earthlock: Festival of Magic é uma merecida homenagem aos jogos J-RPG que tanto amamos. Mas ele não traz apenas o visual e a jogabilidade, mas também as limitações que os games antigos sofriam. Ele é nostálgico, e tem um charme que nos deixa com aquele “sorrisão”. Cada característica deste título, cada minuto que passamos jogando, nos lembra aqueles clássicos que jogamos quando adolescentes.

O jogo tem um visual retrô e cenários rudimentares, mas é tudo muito bem polido. Os diálogos são feitos com balões, sem nenhum áudio, assim como os primeiros RPGs para computador. O que nos anos 1980 e 1990 era um artifício para driblar a falta de espaço nos discos e cartuchos, em Earthlock, se transformou em uma forma de homenagem.

Os gráficos mais simples dos que os games atuais, e a falta de uma dublagem, eu posso relevar. O que não dá para aceitar é a câmera travada, que não permite olhar o cenário que está sem sua volta. Essa irritante restrição acontece apenas quando o personagem está dentro das cidades, pois no mapa, a visão da câmera é mais “flexível”.

O que mais gosto de Earthlock nessa retomada dos RPGs clássicos são as batalhas em turnos. Aquelas onde você tem tempo de pensar a sua estratégia de combate, se vai atacar o inimigo ou usar a poção de cura, por exemplo. O inventário dos personagens e os menus de habilidades são claros e fáceis de gerenciar, e isso deixa o combate muito dinâmico, apesar do formato clássico.

O game foi feito na Noruega, mas a estética é a mesma dos J-RPGs antigos. Toda a estrutura destes jogos está presente aqui. O jogo começa dentro do quarto de um dos protagonistas, você forma uma party durante o jogo com os personagens que encontra pelo caminho e enfrenta monstros gigantes em partidas árduas. Para completar as similaridades, Earthlock traz uma série de puzzles que lembram muito The Legend of Zelda.

Além da câmera travada, outro ponto fraco de Earthlock são suas músicas sem graça e repetitivas. Chega em um ponto, que você agradece quando uma cena se passa em silêncio, apenas com o som ambiente.

Earthlock: Festival of Magic tem mais acertos do que erros e é um título obrigatório para quem passou boa parte da vida gamer jogando os clássicos J-RPG. O estúdio Snowcastle Games fez uma homenagem muito competente, criou personagens cativantes, trabalhou bem uma história simples e aparentemente desgastada e produziu uma estética incrível, que nos deixa com vontade de explorar mais e mais cenários.

Earthlock: Festival of Magic

Gráficos - 8
Controles - 8
Som - 8
Diversão - 8

8

muito bom

O Earthlock: Festival of Magic é uma ode aos jogos de RPG da era 16 bits. Mas além de nostalgia, ele oferece muita qualidade.

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