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Review: Dying Light

O game foi produzido pela Techland, o mesmo estúdio de Dead Island

Fazer um game com Parkour em primeira pessoa não é novidade, isso já foi bem executado em Mirror’s Edge lá em 2008. Porém, Dying Light pega esta premissa e eleva para outro patamar, adicionando outras mecânicas à jogabilidade como uso de armas brancas, exploração do cenário em busca de suprimentos e zumbis, muitos zumbis.

Veja também: Requisitos mínimos para rodar Dying Light no PC

O game foi produzido pela Techland, o mesmo estúdio responsável pela série Dead Island, que também tem como foco matar zumbis em primeira pessoa. A distribuição ficou por conta da Warner Games, que lançou-o para PC com Windows, PlayStation 4, Xbox One e, incrivelmente, até para Linux!

Uma jogabilidade rica, gráficos espetaculares e uma história envolvente são os elementos que se destacam neste jogo de survival horror, gênero tão vandalizado nos últimos tempos pelas desenvolvedoras de jogos eletrônicos. Apenas me incomoda essa variedade enorme de criaturas bizarras. Acho que poderiam deixar tudo mais “com os pés no chão” se fizessem um jogo apenas com os zumbis comuns.

Os jogos de zumbis geralmente possuem pouco cérebro e nenhum traço emocional. O que fizeram em Dying Light é realmente um trabalho muito competente. Aqui você não encontrará personagens maniqueísta, e algumas ações do protagonista podem ser questionáveis do ponto de vista moral. Além de enriquecer a trama, pelo menos comigo, me fez ficar mais preso ao jogo, esperando pelo próximo passo.

Para que o enredo se desenrolasse como deveria, foi criado um ambiente propício de apocalipse zumbi, com cidade sitiada, sobreviventes fazendo o que podem para continuarem vivos, duas facções antagônicas e zumbi para todos os lados. Quem gosta desse tipo de clima em produtos de entretenimento em geral, gostará do jogo logo nos primeiros minutos.

Dying Light

O trabalho que foi feito nos gráficos de Dying Light, sem dúvida, é algo primoroso. Não estou falando apenas da renderização do 3D e da construção da cidade em mundo aberto, mas também dos elementos que compõem um ambiente de puro terror.

Survival horror como deve ser

A transição entre o dia e a noite é algo que vai te deixar com o queixo caído. Além disso, a jogabilidade muda totalmente quando o sol se vai, e os gráficos desempenham um papel fundamental para que isto dê certo. As ruas ficam totalmente escuras, e com isso, é necessário confiar muito mais no seu radar. De fato, nesta hora, gráficos e jogabilidade caminham juntos, para trazer uma grande experiência de terror aos jogadores.

A Techland fez um trabalho primoroso em Dying Light, com sons ambientes que ajudam muito a criar o clima de medo e tensão, quando se está caminhando pelas ruas da cidade. Se quiser ter a melhor experiência neste aspecto, é recomendável ter um aparelho de som com 5.1 canais de áudio.

Dying Light

É preciso parabenizar também a Warner Games do Brasil pelo excelente trabalho de dublagem. Salvo algumas exceções, os diálogos parecem bem naturais e o ator protagonista dá conta do recado, para passar a emoção certa no momento certo. Claro, nem tudo é perfeito e ainda há muito que se investir nesta parte. A trilha sonora é fantástica e ajuda a criar um clima de solidão e melancolia.

Mate zumbis só quando for necessário

Se você acha que vai jogar Dying Light como Dead Rising ou Left 4 Dead, vai se frustrar. Apesar de ser um jogo de ação, o melhor modo de encarar este game é evitar o conflito com os zumbis, atravessar a cidade na surdina é a melhor pedida, mesmo durante o dia. Tudo bem que os zumbis comuns são fracos, mas suas armas improvisadas quebram com facilidade e o protagonista cansa após alguns golpes, e neste caso, não terá como correr se a situação apertar.

Particularmente, prefiro este tipo de proposta. Menos ação desenfreada e mais inteligência. Atravessar a cidade em busca de suprimentos, procurar recursos em carros abandonados, montar sua própria arma com cano enferrujado e pedaços de lâminas são algumas das tarefas comuns do jogo. Isso sim é sobrevivência em apocalipse zumbi.

Já o modo multiplayer é totalmente desnecessário e vai contra a proposta inicial do jogo. Se você é um agente solitário em uma cidade tomada por gangues e zumbis, por que diabos você vai jogar em modo cooperativo com outros três amigos? Quem gosta total imersão, sem dúvida, jogará apenas a campanha solo.

Além disso, a mecânica do multiplayer é bem confusa. Não fica assim tão claro se você está sozinho ou acompanhado no jogo, abrir e fechar o modo online não é intuitivo como deveria e, ainda, quando você olha o personagem dos outros jogadores online, perto de você, parecem bonecos desengonçados

Sim, o jogo é muito divertido, por todos os motivos que já mencionei acima, porém depois de algumas horas jogando, você pode enjoar de ter que a todo momento atravessar a cidade a pé para fazer favor a um gangster qualquer. Se o jogo vence em ambientação e jogabilidade, perde em ritmo e falta de variedade no gameplay.

O Dying Light seria lançado originalmente em 2014, chegou a ser exibido durante a Brasil Game Show 2013, mas foi adiado para janeiro 2015 para que conseguissem polir o que era necessário e deixar o jogo redondo. Acho que valeu à pena a espera, por todos os motivos relatados acima. Recomendo a compra.

Dying Light

Nota do crítico - 9

9

excelente

Game junta várias mecânicas de outros títulos e faz um gameplay único. Recomendado.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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