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9 piores decisões das HQs dos anos 90/2000

Marvel, DC, ninguém escapa...

Os quadrinhos estão em alta, as graphic novels estão sendo idolatras pela indústria do entretenimento, filmes e mais filmes estão sendo produzidos com os personagens da nona arte. Mas é claro, assim como em qualquer indústria, ela também comete erros, vários por sinal. Conheça então o Top-10 com as piores decisões editoriais da história das HQs durante as duas últimas décadas.

Veja também: As melhores sagas Marvel de todos os tempos

Isso pode ser traduzido também como os piores fiascos, os maiores erros de todos os tempos. Chame como quiser. Descarreguei nessas linhas toda a minha raiva e frustração acumulada nesse tempo que leio HQs. Vale lembrar que você tem todo o direito de discordar com o que está escrito aqui. Porém, por que ao invés de me xingar, não faça sua própria lista?

Carnificina, Mulher-Venom, Anti-Venom e outros

A criação do Venom eu até entendo, pois o Homem-Aranha precisava de um personagem que fosse a sua “antítese”. Pegaram um cara que estava motivado e que só tinha como objetivo na vida a derrocada de Peter Parker. Mas depois o universo do Aranha virou a “casa da mãe Joana”. Vários e vários personagens foram sodomizados pela criatura alienígena ao longo dos tempos. O resultado você já sabe.

Spider-man Carnage

Saga dos Clones

O personagem mais popular da Marvel Comics também é o que passa mais “perrengue” na mão dos escritores e editores estadunidenses. A famigerada Saga dos Clones movimentou várias revistas do Aranha da época e se arrastou por meses com uma trama tão complicada que beirou o ridículo. No final, a emenda foi pior que o soneto, como dizem os antigos.

Qualquer crossovers entre editoras

Tinha uma época, lá pelos anos 90, que era comum ter crossovers entre os personagens das editoras de quadrinhos dos EUA. Isso é a maior “forçação de barra” que existe. Pois é sempre a mesma coisa, pega o principal vilão de cada heroi, e coloca os quatros para brigar. Isso nos rendeu pérolas como “Homem-Aranha e Backlash (Image)”, “Homem-Aranha e Badrock (Image)”, “Badrock e Wolverine” e ainda “X-Force vs Youngblood”, entre outros. É claro que não poderia deixar de fora os vários encontros Marvel x DC e a Amálgama, onde os heróis se mesclaram. Quem lembra disso?

Morte e ressureição

Esse tipo de recurso para vender revistas em quadrinhos é uma das atitudes mais canalhas que as editoras podem tomar. Pois sempre é feita de forma bem forçada, visando apenas o lucro mesmo. Muitos autores simplesmente ignoram o que outros já escreveram anteriormente para “voltar” com um personagem. Superman, Capitão América, Flash, Lanterna Verde, vários super-heróis já passaram por isso ao longo dos anos.

Capitão América morto

Novos uniformes que não vingaram

As HQs, possivelmente é o ramo do entretenimento que mais sofre altos e baixos. Há uma teoria de que década sim, década não, há uma crise enorme nas vendas. Um dos recursos mais utilizados para alavancar novamente o mercado, além do “morte e ressurreição” é a mudança radical no conceito dos uniformes. Quem não lembra do Thor cheio de correntes? Do Batman/Azrael? Nem o Demolidor escapou. Aliás, como se vivesse no passado, a DC Comics utiliza este artifício até hoje.

Heroes Reborn e derivados

A saga do Onslaught com o “Evil Xavier” já não foi muito boa, para usarmos um eufemismo, na seguência ainda apagam vários heróis da editora da realidade, como forma de revitalizar os personagens e nasce “Heroes Reborn”. Para a Marvel, Quarteto Fantástico, Homem-de-Ferro, Hulk, Vingadores e Capitão América se sacrificaram para salvar o mundo, e com isso, foram parar nessa realidade paralela. Se essa pachorra já não fosse fiasco suficiente, ainda entregaram as artes das revistas a mestres do traço como Rob Liefeld e Whice Portacio. Resultado, fracasso de vendas e volta tudo como era antes, é claro. E não toca mais nesse assunto.

Superman elétrico e duplicado

Eu fico imaginando a reunião editoral que deu origem a essa bizarrice. Disseram: “já matamos o Superman, já casamos, já tiramos seus poderes diversas vezes, já o transformamos em inimigo da humanidade, o que faremos agora para vender algumas HQs nesse verão?”. E um desgraçado levantou a mão e teve a brilhante idéia “Ah, que tal se tranformássemos em um ser feito de pura energia elétrica?”. E se isso ainda não fosse suficiente, ele ainda foi dividido em 2, ficando um azul e outro vermelho. Isso é demais!

Superman elétrico

Justiceiro anjo

Como, vai me dizer que não lembra que o Frank Castle foi transformado em um anjo vingador? Sinceramente, não lembro como isso aconteceu e nem tive coragem de fazer uma pesquisa. Só sei que foi bizarro. É melhor deixar assim, como uma lembrança que vai se apagando aos poucos. Até o dia que eu não lembrar mais disso. Será que aconteceu realmente?

Saga “One More Day”

O universo do Homem-Aranha é de fato o campeão de cretinices. Tudo que sempre quero ver nos heróis das HQs é uma evolução, que eles cresçam, casem, tenham filhos, mudem de emprego, como pessoas normais. O Homem-Aranha é o super-herói que mais perto chegou disso, aliás, Stan Lee e Steve Ditko o criaram realmente como alguém mais humano, com dificuldades e problemas que nós encontramos todos os dias, bem diferente de Superman e Batman, por exemplo.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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