Jogadores brasileiros processam Konami e EA

No total, 77 jogadores que atuam no Brasil processaram a Konami e a EA Sports por uso de suas imagens nos respectivos jogos PES e FIFA entre os anos de 2008 e 2014. Quatro já venceram a EA em 2ª instância, são os casos de Magrão (Sport), Wellington Paulista (Chapecoense), Reinaldo (ex-Flamengo) e o chileno Fierro (ex-Flamengo). As ações judiciais contra a Konami ainda não foram divulgadas.

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Segundo apurou o UOL Esporte, outros jogadores famosos também aparecem entre aqueles que estão procurando seus direitos na justiça brasileira, como Maxi Biancucchi (o popular primo do Messi), Paulo Baier (aposentado), Wellington Paulista (Chapecoense), Vanderlei (Santos) entre outros. Na última terça-feira (2), o TJ-SP julgou procedente a ação do ex-jogador Anderson Carvalho, do Santos, e condenou a Electronic Arts a pagar uma indenização de R$ 14 mil. Porém, ainda cabe recurso.

A defesa da EA Sports, nos processos, afirma que a empresa utilizou as imagens e estatísticas dos jogadores do banco de dados da FIFPro (Federação Internacional de Futebolistas Profissionais). Os valores seriam pagos a entidade que, por sua vez, deveria repassar para o sindicato dos atletas dos respectivos países. Entretanto, consultado pelo UOL Esporte, o advogado dos atletas, Joaquin Mina, afirmou que, pela lei brasileira a cessão de direitos de imagem é “pessoal e expressa” e ninguém assinou contrato diretamente com as produtoras.

A ótima reportagem do UOL Esporte, que traz uma lista de todos os jogadores que já obtiveram sucesso na justiça, escancara as dificuldades que as produtoras de jogos têm para lançar seus respectivos games no Brasil, em função de todos esses problemas de licenciamento. Como no Brasil não há uma liga organizada, como a Premier League (Inglaterra) ou La Liga (Espanha), por exemplo, todos os contratos precisam ser assinados individualmente.

Se isso realmente for necessário, será inviável lançar qualquer versão do PES e FIFA com clubes do Brasil no futuro. A polêmica é antiga. Em 2014, por exemplo, o game FIFA 15 chegou às lojas sem os times nacionais.

Via: UOL Esporte

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