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Review: Deus Ex: Mankind Divided

Pena que os controles nada intuitivos podem atrapalhar em muitos casos

O gameplay imersivo e o design caprichado são os dois principais elementos para definir Deus Ex: Mankind Divided. Mas ele não se restringe só nisso, pois também traz uma trama deveras interessante, gráficos absurdamente bem detalhados e missões secundárias que realmente fazem sentido. Confira o review:

Veja também: Confira o review completo de Mafia 3

O Deus Ex: Mankind Divided foi desenvolvido pela Eidos Montreal e lançado pela Square-Enix em 23 de agosto. Esta análise foi feita com uma cópia da versão do PS4 cedida pela assessoria, mas o game também está disponível para Xbox One e PC.

Deus Ex: Mankind Divided na PS Plus

A história do jogo se passa na cidade de Praga, dois anos após o game Deux Ex: Human Revolution, onde o jogador controla novamente o agente Adam Jensen, que trabalha para a Força Tarefa 29, uma equipe anti-terrorista.

A jogabilidade é muito desafiadora, e está organizada de um jeito que não deixa margem para jogadores afobados. Tem que ter paciência, estudar o cenário, e de preferência, agir da forma mais pacífica possível.

Este é sim um FPS, mas o seu lado RPG fala mais alto. Não é um Call of Duty, é um RPG que até possui um sistema de tiro em primeira pessoa e cobertura inteligentes. Por isso, todo cuidado é pouco ao agir. É preciso explorar todas as possibilidade de diálogo com os NPCs chaves da trama.

A munição é escassa e você terá que administrá-la com inteligência. Não adianta ficar atirando que nem louco. Por mais habilidoso que você seja, as balas vão acabar e o inimigo vai te derrubar. Por outro lado, sabendo como agir de forma certa, você pode entrar numa sala e derrubar todos os inimigos sem disparar um tiro, apenas usando os punhos. Suas escolhas devem ser feitas com calma, pois algumas decisões do protagonista vão influenciar no segmento e no resultado da história.

Pena que os controles nada intuitivos podem atrapalhar em muitos casos. De fato, pelo gameplay até difícil e os inúmeros recursos que devem ser administrados no inventário, não é um game para qualquer um. Além disso, gerenciar tudo que Adam Jensen carrega, lhe tomará horas de gameplay, mas isso pode ser até considerado um charme dos jogos estilo RPG.

Uma natural evolução de Deus Ex: Human Revolution

Em diversos aspectos, Deus Ex: Mankind Divided tem a mesma estrutura de Deux Ex: Human Revolution. Eles pegaram tudo aquilo que deu certo e melhoraram outros, principalmente quanto ao controle. Quem está habituado a jogar o game anterior, dominará esse sem problema algum. Até o sistema de hacking é o mesmo. Aliás, acho muito enfadonho. Pulei todas as partes que não eram necessárias, fiz apenas quando a história principal ou secundárias exigiram.

Deus Ex: Mankind Divided

Os gráficos realmente impressionam. Chama a atenção a quantidade de itens espalhados pelo cenário que podem ser pegos pelo protagonista, tanto para adicionar ao inventário de Jensen, quanto para arremessar em algo ou alguém.

Os espaços interiores são retratados com enorme esmero, as mercadorias das lojas são representadas com extremo detalhe. O desnível das pedras nas ruas e suas texturas são fantásticas. Mas tudo isso só é possível pois os cenários são pequenos, contidos.

A trilha sonora pode ser considerada o ponto mais fraco de Deus Ex: Mankind Divided, pois em nenhum momento você realmente se importa com o que está tocando. Ela não ajuda a contar a história, a emocionar, não trabalha para a imersão, elementos que se destacam no jogo por outros motivos. Ainda sobre os aspectos sonoros, a dublagem é boa, competente, mas existem trabalhos melhores em outros jogos.

Alegoria de nossa própria realidade

O game traz um debate muito atual na nossa sociedade, a discriminação do que lhe parece diferente. A culpa do terrível evento no final de Deus Ex: Human Revolution recaiu sobre os chamados “aprimorados”, pessoas que possuem implantes biônicos, e isso só fez aumentar o ódio das pessoas ditas “normais” por elas.

O jogo explora as consequências deste acontecimento, mostra a segregação de todo um povo e serve como alegoria para ilustrar os fatos que estão acontecendo no nosso mundo agora mesmo, em diversos países, por motivos diferentes.

Se você gosta apenas de apontar e atirar, este game não é para você. Agora, os fãs de um bom RPG ocidental terão muitas horas de plena diversão. Encontrarão em Deus Ex: Mankind Divided um porto seguro para uma excelente história cyberpunk. Gostou deste review? É fã deste universo? Deixe o seu comentário.

Deus Ex: Mankind Divided

Gráficos - 10
Controles - 6
Som - 8
Diversão - 6

7.5

bom

O Deus Ex: Mankind Divided evoluiu o jogo anterior e dá um show em gráficos e som.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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