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Review: Uncharted Golden Abyss

Nathan Drake viaja para a América Central neste capítulo

O Uncharted Golden Abyss mostra uma história paralela na vida de Nathan Drake no PS Vita, descolada da série principal que é um sucesso completo no PS3. Na verdade, este jogo mostra uma aventura com um Drake ainda novo, antes dos acontecimentos da trilogia.

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Ao contrário da grandiosidade dos jogos do PS3, quando Drake viaja o mundo atrás de artefatos antigos, esse capítulo se concentra na América Central. Na trama, ainda não temos Elena Fisher, que foi introduzida em Uncharted: Drake’s Fortune (primeiro jogo, lançado em 16 de novembro de 2007) e o explorador Victor Sullivan ainda é um jovem senhor.

Na trama, Nathan Drake viaja para a América Central em busca de uma lendária cidade perdida, 400 anos após o massacre dos espanhóis naquelas terras. Seguindo pistas e resolvendo puzzles, Drake terá que enfrentar um ditador e seu exército, que tem o mesmo interesse que nosso famoso explorador.

O Uncharted Golden Abyss segue a tradição da Sony em colocar nos portáteis história menores de seus personagens principais. Ela fez isso com God of War no PSP e faz com Nathan Drake agora no PS Vita. A história deste game não traz nada de grandioso para a franquia, nem uma grande revelação sobre a vida dos personagens principais. É só realmente mais uma história curta para você se divertir. Porém, não pense que o jogo é curto por causa disso. Ele tem o mesmo número de capítulos que a série principal e você passará várias horas jogando.

Uncharted - Golden Abyss

A qualidade gráfica do jogo não chega nem aos pés dos seus irmãos do PlayStation 3, contrariando o que a Sony anunciou durante a produção, entretanto, não é nada que me deixou incomodado. Pelo contrário, os gráficos de Uncharted Golden Abyss represent uma revolução para os consoles portáteis, e ainda, uma garantia de que existe uma grande margem para melhoria nos próximos títulos.

Justamente por causa das limitações gráficas do console, os cenários são bem menores e menos detalhados do que a trilogia principal. É até covarde essa comparação, porém, é inevitável. Além disso, em alguns momentos, em alguns posicionamentos de câmera, é possível ver um certo “serrilhado”, que pode incomodar aos mais exigentes.

A trilha sonora cria a identificação imediata com a série ao trazer o tema principal de volta. Assim que você entra no menu principal do jogo, desperta toda aquela emoção para quem jogou e zerou a trilogia. Fora essa parte, o som e as músicas não acrescentam nenhuma novidade à série, mas cumprem muito bem o papel de criar a atmosfera necessária para facilitar a imersão.

Uncharted: Golden Abyss

A jogabilidade é similar a do PlayStation 3, os mesmos movimentos, os tipos de golpes e o modo de usar as armas estão lá. Porém, o PS Vita acrescentou uma série de comandos ao jogo, como segurar um console portátil contra a luz para revelar o que está escrito em um pergaminho, usar o sensor de movimento do PS Vita para tirar fotos dos locais do jogo, e ainda, “raspar” a tela para copiar símbolos antigos para o papel ou limpar objetos enferrujados.

Todas essas novidades representam uma galeria de recursos que o PS Vita pode oferecer, embarcado em um jogo com o selo Sony de qualidade. Parece uma vitrine, onde a Sony poderá dizer para as outras empresas: “ei, olha o que esse console pode fazer, vem com a gente que você vai se dar bem”.

Uncharted - Golden Abyss

Se os jogos da série normal não são difíceis, este então consegue ser ainda mais fácil. Qualquer jogador com o mínimo de interesse conseguirá terminar este jogo sem muitas dificuldades. Isso pode ser bom para atrair o interesse dos jogadores casuais, mas depõe contra o próprio discurso da Sony onde ela diz que a experiência de jogar com o PS Vita deve se equivaler à jogar no PS3.

Seguindo essa linha de raciocínio, Uncharted: Golden Abyss é um jogo que representa bem o interesse da Sony ao vender o PS Vita: atrair o jogador casual do iPhone e Android e o jogador hardcore fã do PS3.

Apesar de ser um jogo menor em todos os aspectos em relação à trilogia original, como vimos nos quesitos acima, a diversão é a mesma. Um portátil tem aquela premissa de ser casual, para ser jogado entre intervalos de tarefas importantes, ou quando você está esperando alguém se arrumar para sair. Mas no caso de Uncharted Golden Abyss dificilmente você conseguirá jogar por apenas alguns minutos.

Uncharted: Golden Abyss

Gráficos - 8
Controles - 8
Som - 7
Diversão - 9

8

muito bom

O Uncharted: Golden Abyss tem alta qualidade para um jogo portátil e vai agradar aos fãs da série.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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