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Crítica: Thor Ragnarok

Filme segue o mesmo padrão dos filmes espaciais do estúdio

Se você vai ao cinema pensando em assistir um filme de super-herói engraçado, saiba que na verdade vai encontrar uma comédia que tem personagens fantásticos como protagonistas. Thor Ragnarok inverte a lógica dos outros filmes do Deus do Trovão e é sem dúvida o mais engraçado do Marvel Studios. Extrapolou, exagerou, passou do ponto e isso não é ruim.

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Os dois filmes dos Guardiões da Galáxia estabeleceram um jeito de fazer filmes com tema espacial dentro da Marvel. Muito humor, cenas de ação despretenciosas e muitas referências aos anos 1980. Thor Ragnarok seguiu este método e foi além. Toda cena tem uma piada, todos os personagens são engraçados em algum nível.

Thor Ragnarok

Por outro lado, já que estabeleci uma comparação, Guardiões da Galáxia trabalha melhor o carisma de cada personagem e a relação entre eles. Enfim, voltando ao Thor, vá para o cinema com o espírito desarmado, pois você verá algo bem diferente dos dois primeiros longas do personagem. Taika Waititi está realmente solto aqui, mesmo seguindo a tão famosa “fórmula Marvel” nos cinemas, teve liberdade para deixar a sua marca.

Chris Hemsworth se supera como um “Thor” que ele nunca interpretou antes. Mais leve, mais solto e muito mais heroico e seguro de seu papel no mundo. A Hela (Cate Blanchett) é retratada de forma tão poderosa que impõe medo, mas nem ela escapa de fazer piadas neste filme fora de controle. Korg (Taika Waititi) e Hulk/Banner (Mark Ruffalo) sempre roubam a cena.

Thor Ragnarok

Como já havia escrito, a aparência oitentista está presente no filme de várias formas. Na decoração, na trilha sonora synthwave (retrowave) muito marcante, até em pequenos detalhes como camisetas e copos. A estética de Jack Kirby está nítida em cada canto de Sakaar. Bom, essa era uma constatação feita já no trailer, mas quando você assiste ao filme, percebe que está muito mais presente do que você jamais imaginaria.

Apesar de ser uma comédia e, até certo ponto, um filme de ação inconsequente, Thor Ragnarok é mais um passo importante na construção da Marvel nos cinemas, em seu caminho inevitável até Vingadores: Guerra Infinita. Ele funciona muito bem sozinho, mas cria um impacto no “Status Quo” do universo e faz modificações significativas.

Thor Ragnarok

Todos os personagens são bem trabalhados, mesmo aqueles com pouco tempo de tela. O texto está perfeito para caracterizar cada um com poucas falas. Fica claro para a audiência a personalidade e a motivação de cada herói ou vilão.

Você vai encontrar diversas referências aos dois primeiros filmes do asgardiano, ao Vingadores: A Era de Ultron e até traz easter eggs dos quadrinhos. Entretanto, pode ser visto tranquilamente de forma isolada. Como é uma história bem fechada, ninguém se sentirá perdido por não ter visto as outras produções. Sem dúvida, uma ótima opção para ir ao cinema com a família ou grupo de amigos.

Além dos que já foram citados, Thor Ragnarok também conta no elenco com Tom Hiddleston (Loki), Idris Elba (Heimdall), Karl Urban (Skurge), Anthony Hopkins (Odin) e Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho). O filme estreia nos cinemas brasileiros em 26 de outubro.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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