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Review: The Last of Us

O game Naughty Dog é muito acima da média de outros do PS3

De anos em anos, um jogo é criado para definir uma geração. The Last of Us é o jogo que representa de maneira épica essa atual geração. O jogo exclusivo para PlayStation 3 é impecável no seu enredo, gráficos e jogabilidade. Sem dúvida, o melhor título desta geração, mas na minha opinião, o melhor de todos os tempos.

Veja também: Leia o review de God of War 3

O game The Last of Us se passa em um Estados Unidos devastado por uma pandemia, provocada por um fungo que alterou a maioria da população. A trama é encaminhada para 20 anos depois do dia que a infecção se espalhou e o caos tomou conta. Agora, o cenário é de destruição, milícias armadas, quarentenas que parecem mais campos de concentração, militares opressivos e desesperança.

The Last of Us

Circunstâncias que você descobre logo no começo do jogo colocam Joel e a jovem Ellie juntos, atravessando o país. Então, começa uma das maiores experiências de videogame da sua vida.

O The Last of Us abusa da qualidade gráfica, levando o PS3 ao máximo e provando que a atual geração ainda tinha muito o que oferecer em termos de hardware. Isso se reflete em cenários impecáveis, cheios de detalhes e personagens tão bem construídos que parecem cenas de cinematic, e não gameplay, em alguns momentos.

Personagens profundos

Os personagens de The Last of Us merecem um tópico a parte no review. Todos eles foram muito bem caracterizados, possuem profundidade e motivações bem claras. Seus gestos, feições e movimentos de cabeça ajudam a construir uma narrativa muito rica, de criar inveja até para alguns filmes do cinema e, principalmente, ajudam a criar uma identificação emocional com o jogador. Você realmente passa a se importar com o que vai acontecer com cada um deles, e cada morte é sentida.

The Last of Us

Os sons inseridos no cenário ajudam a criar uma atmosfera de futuro pós-apocalíptico. Jogar com boas caixas de som e áudio 5.1 é obrigatório para a experiência completa. Barulho de vento, goteiras, até aquele silêncio que incomoda, tudo é muito bem representado.

O clima de terror é atingido com maestria com os sons que os monstros fazem. O barulho que o estaladores fazem é assustador, e é possível ouvir de longe, sempre que você entra em um novo ambiente que eles estejam. Isso cria um sentimento de medo como poucos jogos conseguem. Talvez só a série Silent Hill.

A trilha sonora é perfeita e é mais um elemento que ajuda a compor o clima de desolação e falta de esperança que o jogo passa o tempo todo. O compositor argentino Gustavo Santaolalla, que assina esta obra de arte sonora, ganhou dois Oscars, um pelo filme “Babel” e outro por “O Segredo de Brokeback Mountain”.

Para a versão brasileira do game, vale citar que as dublagens estão espetaculares, feitas por profissionais de primeira linha. Parabéns para a PlayStation Brasil pelo excelente trabalho.

Jogabilidade desafiadora

A jogabilidade é outro elemento fortíssimo em The Last of Us, e com certeza vai inaugurar uma nova tendência que será imitada por jogos futuros. Para um cenário pós-apocalíptico, com recursos escassos, não faria sentido ter munição em abundância, correto?

The Last of Us

Além de disponibilizar poucas balas para as poucas armas disponíveis no jogo, criaram um sistema onde o jogador poderá criar suas armas improvisadas a partir de objetos encontrados pelo cenário. Mas esses recursos também são escassos, e Joel, poderá carregar apenas o que cabe na sua mochila, limitando assim a apenas três unidades por objeto.

O jogador pode melhorar suas armas, como por exemplo, colocando partes de tesoura quebrada na ponta de um pedaço de madeira, que aliás, só pode ser usado algumas vezes antes de quebrar. Todas essas restrições fazem com que o jogador tenha que pensar, raciocinar, economizar e traçar um plano para passar por cada cenário, pensar em como vai eliminar cada monstro com os poucos recursos que tem.

O jogo é tão “apegado” a realidade, que o protagonista pode ser morto com alguns poucos tiros, ou um apenas se for à queima roupa. Além disso, Joel pode cair no chão após um tiro, o que aumenta a dificuldade, o realismo já citado e diminui a confiança do jogador, que vai pensar várias vezes antes de se levantar de seu local de proteção para atirar.

Quem esperava um mundo aberto, pode se decepcionar em saber que o jogo é bem linear, com poucas salas e espaços abertos para serem explorados. Mas a história é tão envolvente, que você realmente não se importa com isso, e só quer saber o que acontecerá na próxima cena.

Outra parte que acerta em cheio na diversão é a dinâmica entre os personagens principal e secundários. Eles realmente ajudam Joel em momento de dificuldade, e podem distribuir munição quando a sua está acabando. E não pense que isso facilita terminar o jogo, pois a maior parte do tempo, Joel terá que se virar sozinho mesmo.

The Last of Us é quase perfeito como um produto de entretenimento completo, mas ainda é um jogo de videogame e possui bugs e defeitos. O único que realmente me incomoda é o fato dos personagens secundários não atraírem os monstros, podendo passar na frente deles fazendo barulho sem problemas, enquanto você se esforça para atravessar uma sala em silêncio com Joel. Os outros defeitos são tão pequenos, dentro do que o jogo proporciona, que nem valem a pena ser citados.

Por tudo isso que The Last of Us recebeu a nota máxima em todos os quesitos do Videogame Mais, algo que ainda não tinha sido alcançado por nenhum outro game. Sem dúvida é o melhor jogo que já joguei e é obrigatório para todos que gostam de videogame.

The Last of Us

Nota do crítico - 10

10

incrível

The Last of Us se destaca pela sua grande qualidade, muito acima de qualquer outra produção do gênero.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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