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Review: Song of the Deep

Jogo estilo metroidvania cativa pelo seu lirismo

O Song of the Deep é um jogo com um lirismo incrível e comovente. Com as poucas telas iniciais, que traz artes e narração que introduzem os personagens, você já se importa com eles de cara, se conecta com a protagonista e quer fazer de tudo para ajudá-la. Confira o review completo:

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O game é todo em 2D e tem um de estilo metroidvania, aquele subgênero dos jogos de plataforma que permite ao jogador avançar e retroceder os cenários para buscar itens que ficaram para trás. Song of the Deep foi desenvolvido e publicado pela Insomniac Games em versões para PC, PS4 e Xbox One, e lançado em 12 de julho, com legendas em português. Versões em mídia física chegaram ao Brasil em 29 de julho.

Todo o jogo se passa no fundo do mar, ricamente construído com um belíssimo toque de arte para contar a história de uma garota chamada Merryn, que faz um submarino com sucatas e esperança para achar o seu pai, um pescador veterano que não voltou do mar. Como recurso de gameplay, também será possível fazer melhorias no submarino para explorar melhor o oceano.

Tudo parece um conto de fadas, e a proposta dos produtores foi justamente contar um poema em forma de game. No vídeo abaixo, você assiste aos 15 primeiros minutos:

Os comandos são simples, respondem muito bem ao controle, mas exigem uma boa aptidão do jogador. Sem dúvida, o game é desafiador desde o começo, exige raciocínio lógico para resolver os diversos puzzles, e habilidade para superar os inimigos. Em dado momento, pode ser irritante a quantidade de inimigos que atacam ao mesmo tempo, mas você não consegue ficar com raiva do jogo, mas sim de sua própria inabilidade em não conseguir resolver a situação.

A ambientação não é nada comparável ao que estamos acostumados, o jogo traz uma mistura de fantasia com personagens que saíram de histórias de pescador. Tudo isso ricamente construído com gráficos que tiram o fôlego, não pela pujança dos pixels e resoluções, mas pela beleza do trabalho artístico.

Song of the Deep

Os cenários são muito bem detalhados, cheios de embarcações naufragadas e ruínas de civilizações antigas. Repare no vídeo acima, que em alguns momentos eu fico parado apenas obervando tudo que tem em volta.

Todo o trabalho sonoro de Song of the Deep reforça o tom melancólico da aventura, entretanto, senti falta de uma trilha sonora mais épica, mais marcante em certos momentos decisivos.

O único defeito bizarro e incômodo de Song of the Deep é a sua legenda em português, que está muito pequena. Tanto que é preciso forçar muito os olhos se você tiver uma TV de 42 polegadas, ou maior, para poder enxergar, uma vez que é necessário manter uma distância saudável dela.

Este é um jogo que exige muita paciência, que agrada à primeira vista, mas deve manter entretido somente os mais perseverantes. Bonito e desafiador, você pode querer passar as fases apenas para se provar ou para ver cada um dos cenários seguintes. Porém, não é um jogo casual, não é aquele game que você vai jogar quando chegar cansado do trabalho. Ele vai exigir um pouco de dedicação do gamer.

Song of the Deep tem uma premissa melancólica, mas uma jogabilidade que cria um bom desafio e uma estática visual impressionante. O game tem um lirismo que fascina, e uma protagonista que cativa até os corações mais frios. Sem dúvida, um grande acerto da Insomniac Games.

Song of the Deep

Gráficos - 7
Controles - 7
Som - 8
Diversão - 7

7.3

bom

Jogo tem um grande valor estético e gameplay muito técnico, mas não empolga.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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