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Crítica: Power Rangers (2017)

Se tornar um Ranger é uma tarefa árdua e pesada, e isso é muito bem retratado no roteiro

O novo filme dos Power Rangers conseguiu fazer o que muita gente duvidada, atualizou a série clássica para uma nova geração de audiência, com novas tecnologias e conceitos, mas manteve a mesma essência que vai agradar em cheio aos fãs antigos. Confira abaixo o review completo, porém, sem spoilers:

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A história não deixa margem para dúvidas. Desde o começo, você sabe quem são os heróis e quem é a vilã. É bem maniqueísta, sem nenhuma virada de roteiro, traições e nenhum desses recursos. É um filme sem mistério, pois todas as principais dúvidas dos fãs, aquelas que circulam em forma de rumor na internet, são respondidas logo na primeira cena do filme.

Estes aspectos evidenciam mais ainda como os produtores quiseram atualizar a franquia, mas sem perder o que fez a série ser famosa: aquela inocência juvenil. Aliás, prepare-se para uma chuva de “fan service”. O novo filme dos Power Rangers traz diversas referências à série clássica e outros personagens da cultura pop. Desta forma, ele fala diretamente com o público atual, sem perder os antigos.

Power Rangers

A atriz Elizabeth Banks encarnou com vontade a vilã Rita Repulsa. É fácil perceber como ela se dedicou ao papel e criou uma personagem que beirou o caricato. Porém, o que seria ruim em outro tipo de filme mais “sério”, nesta proposta se encaixou perfeitamente. Pena que ela tem pouco tempo de tela e não explicam nada sobre suas motivações. Ela faz o que faz, ela é o que é, e pronto.

Se tornar um Ranger é uma tarefa árdua e pesada, e isso é muito bem retratado no roteiro. A transformação não acontece de repente, isso tem sua importância. Por outro lado, os cinco atores principais não conseguem transmitir esse peso em suas ações e em seus semblantes. De longe, o ator RJ Cyler (Billy/Ranger Azul) é o melhor de todos, ele é o único que consegue aprofundar a personalidade do seu personagem.

Power Rangers

O único grande problema do filme é que todas as cenas de combate, enquanto eles estão tranformados, foram mostradas no trailer e acontece apenas no terceiro ato do filme. Não há nenhuma novidade nisso. Ainda assim, é empolgante ver essa batalha pela Alameda dos Anjos na tela grande.

O Power Rangers é aquele filme pipocão da melhor qualidade, que pode agradar ao público adolescente e fazer os fãs saudosistas gritarem na sala de cinema. Não espere uma grande história, dramas profundos e excelentes atuações. Os efeitos visuais não são os melhores que a índústria pode oferecer, mas são bem dignos e não comprometem em nada a experiência. Se você quiser uma boa diversão para a família no fim de semana, essa é uma excelente dica.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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