Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que Mulher Maravilha é o melhor filme do Universo DC até agora. Finalmente a Warner conseguiu entregar um filme com ótimo enredo, com alma, inocência e ação na medida certa. As cenas de humor estão no tom exato e surgem nos momentos corretos. Se esta produção estava sendo aguardada para renovar nossas esperanças, eles conseguiram.
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A Themyscira é algo de tirar o fôlego. O local é tão lindo, que emociona. É sério. A forma como a Ilha Paraíso é retratada, e sua importância na trama são os primeiros acertos da produção. Tudo para criar o contraste necessário com o “mundo dos homens” e ajuda a contar a história de transição da protagonista.
Mulher Maravilha tem uma história muito bem narrada, com um enredo coeso e muito fechadinho. Apesar de ser um filme de origem, possui um formato episódico. Do tipo, “senta aí que eu vou te contar uma história”. Ele está conectado com os outros filmes do universo, mas isso é feito de forma muito sutil, como deve ser. Não exige que a audiência tenha visto os outros longas para entender nada, pois funciona sozinho.
Os vilões são críveis, a ameaça é real. Aproveitar um período histórico muito impactante como a Primeira Guerra, foi uma jogada de mestre para dar gravidade à trama e ajudar a construir a própria Diana Prince e a forma como ela enxerga o mundo, cresce como heroína e aceita a sua jornada. Aliás, a reconstrução da época está muito mais verossímil e a guerra muito mais impactante do que aquilo que foi criado para o Capitão América: O Primeiro Vingador.
As cenas de lutas são expressivas, tem o impacto necessário para mostrar o quanto ela é poderosa e são muito bem coreografadas. Você entende tudo que está acontecendo, mesmo sem o recurso de câmera lenta que, aliás, é usado com bastante frenquência. Vale notar também que os personagens secundários de Mulher Maravilha têm mais carisma e profundidade do que todo o elenco de protagonistas do Esquadrão Suicida.
O “Mulher Maravilha” é um filme que precisa ser visto nos cinemas. Destas novas produções que estão construindo um universo DC no cinema, este é o que melhor respeita um ícone desta editora. A diretora Patty Jenkins conseguiu entender o espírito desta personagem e transportou para as telas uma história de super-herói que traz a inocência do Superman de Christopher Reeve, com a dinâmica de uma produção lançada em 2017, com os recursos necessários para fazer um filme inspirador e emocionante.
