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Review: Mad Max

O jogo é distribuído no Brasil pela Warner Games

A franquia Mad Max, que nasceu lá nos anos 1970, conseguiu se reinventar e chegar aos consoles da nova geração com um fôlego renovado. As regiões áridas, os carros bizarros e os personagens insanos dão o tom deste título. Para o jogador conseguir imergir mais ainda neste universo, só faltou mesmo o cheiro de gasolina.

Veja também: Review de Dying Light

O game Mad Max foi desenvolvido pela Avalanche Studios e publicado pela Warner Bros Interactive para PS4, Xbox One e PC com Windows. Quem comprar a versão brasileira da mídia física do game receberá de graça o Blu-ray do filme Mad Max 2. Este review foi feito com base na versão do console da Microsoft.

Mad Max

Antes de tudo, é preciso deixar claro que o game tem uma história completamente inédita, sem qualquer ligação direta com as produções do cinema, sejam aqueles filmes clássicos com o Mel Gibson, ou a produção de 2015 com Tom Hardy. Porém, tudo se passa no mesmo universo, com o mesmo personagem. É tudo canônico, como se costuma dizer.

O Mad Max tem uma jogabilidade similar a outros jogos distribuídos pela Warner Games, como Batman: Arkham Knight e Sombras de Mordor, principalmente no que se refere ao combate corpo a corpo.

Toda a técnica para enfrentar vários inimigos ao mesmo tempo, desviar de seus golpes e contra-atacar estão presentes, mas com um estilo diferente. Enquanto o Batman é todo técnico em suas lutas, Max usa a brutalidade para vencer os vilões. Apesar da jogabilidade ser similar, os golpes são muito mais críveis.

Aliás, dominar rapidamente as mecânicas de combate será a sua melhor opção para vencer os inimigos, pois as armas e munições são bastante escassas neste mundo. Antes de partir para qualquer nova missão, é prudente explorar um pouco alguns pontos do mapa em busca de suprimentos. Mad Max é um bom jogo de ação, mas tem um excelente sistema de gerenciamento de itens.

Pilotar os carros é uma tarefa difícil, nada comparada ao Batmóvel, por exemplo. Aqui, você está pilotando pedaços de sucata com motores em desertos, sem nenhuma estrada asfaltada. Isso aumenta a dificuldade e dá mais realismo ao jogo. Por outro lado, algumas coisas me tiraram totalmente da imersão, como o reparo instantâneo e infinito do carro realizado pelo seu ajudante corcunda.

O grande chamariz em Mad Max são os carros, e no game não seria diferente. A trama gira em torno disto e há muitas cenas e combates com carros. Entretanto, acho que conseguiram estabelecer um bom equilíbrio entre as partes do jogo em que o protagonista está realizando missões a pé ou motorizado. Sem ficar cansativo para nenhum dos dois lados.

Mad Max

Assim como em todos os games, seu personagem começa fraco e vai adquirindo novas habilidades com a evolução o jogo. Esta é uma linguagem universal do gênero. Entretanto, a forma como Max adquire seus “poderes” se torna enfadonha após a segunda vez. É preciso esperar que um personagem misterioso apareça em alguma localidade, ir até ele e iniciar um ritual. Sempre a mesma coisa, e você fará isso muitas vezes. Sem dúvida, outros jogos, até mesmo da Warner, fazem isso de forma mais orgânica.

Outro ponto interessante em Mad Max, são os pequenos fragmentos de uma vida antes do colapso que ele encontra pelo cenário. Através desses pequenos objetos encontrados, cartas, fotos e tudo mais, podemos nos conectar mais ainda com o personagem, entender suas motivações e vislumbrar um mundo que serve de contraste com a situação atual.

Mad Max

Deve ser difícil criar um cenário desértico, com poucas construções, e ainda manter a atenção do jogador. Os desenvolvedores fizeram um ótimo trabalho nesse sentido, pois conseguiram me prender e me manter interessado em explorar cada vez mais as novas partes do mundo do jogo, que vai se abrindo aos poucos. Tudo isso com gráficos belíssimos com várias carcaças de navios e grandes dunas.

Talvez, o jogo poderia ser mais polido nos aspectos dos personagens. Senti que a qualidade caiu um pouco no que diz respeito aos trajes e, principalmente, os movimentos. Além disso, faltou criatividade para criar vilões, pois todos os grupos são parecidos e possuem quase o mesmo comportamento, o de puro caos.

O Mad Max é recomendado para quem jogou e curtiu muito o estilo de jogo de Sombras de Mordor, mas principalmente para quem é apaixonado por filmes e games que retratam futuros pós-apocalípticos. É capaz de você sentir a areia entrando no seu sapato.

Mad Max

Nota do crítico - 8

8

muito bom

O game traz o clima e o cenário dos filmes, mas um Max diferente, mais ativo.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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