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Crítica do filme Homem-Formiga

O filme serve para apresentar o personagem para a grande audiência

Sabe aquele filme que você vai para o cinema com a expectativa lá em baixo? Essa era a minha sensação ao assistir o Homem-Formiga. Mas acho que agora aprendi a minha lição: nunca duvidar deste estúdio. Sem dúvida, é o filme mais leve e descompromissado da Marvel, que facilmente pode ser classificado como uma comédia. Não por acaso foi escolhido Paul Rudd (Scott Lang) para o papel principal.

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O Homem-Formiga é basicamente um filme de “assalto” com super-herói. Este estilo está muito presente em Hollywood, mas não vou citar nenhum exemplo para não pensarem que estou comparando. Na trama, vemos o Dr. Hank Pym (Michael Douglas) recrutando Scott Lang para roubar a tecnologia de encolhimento criada pelo vilão Darren Cross (Corey Stoll), antes que ele venda para pessoas piores que ele.

Enquanto Pym empresta a sua tecnologia para Lang e ensina-o a se comunicar com as formigas, ele tem a ajuda de sua filha Hope van Dyne (Evangeline Lilly), que mostra ter um potencial ainda maior para ser uma super-heroína.

Homem-Formiga

O Homem-Formiga é aquele típico filme que faz o marmanjo voltar a ser criança, àquela época que não nos preocupávamos com realismo, quando os heróis não precisavam ser sombrios para fazer sucesso. Você não precisa de muitas explicações, simplesmente aceita que uma química pseudo-científica pode diminuir e crescer um ser humano diversas vezes e pronto.

O filme é bem acelerado, tem uma dinâmica que não deixa o ritmo cair em nenhum momento. Assim, você é levado de uma cena a outra sem se preocupar com os furos na história e nem com qualquer erro de continuidade. Na verdade, nem percebe que eles existem. Apesar disso, não ficamos sem respostas em nenhum momento, não há como se sentir perdido.

Ao seu modo, todas as questões principais são respondidas. Gostei principalmente da desculpa usada para os personagens não chamarem os Vingadores, por exemplo. Não sei se alguém questionaria isso, mas como este grupo de super-heróis já é uma realidade neste universo do cinema, resolveram criar um bom argumento. Aliás, é sempre bom parabenizar a Marvel pelo trabalho de manter este universo coeso.

Motivação é um problema neste filme. Eu comprei a vontade de Scott Lang em arriscar sua vida e se tornar um super-herói, mas não engoli a justificativa do vilão Jaqueta Amarela, interpretado por Corey Stoll (House of Cards). Aliás, considero este um problema geral neste tipo de filme, a motivação dos vilões sempre é algo raso e pouco crível. Neste caso, não é uma exclusividade do Homem-Formiga.

Não dá para negar que é um produto da Disney. Homem-Formiga é aquele típico filme para toda a família, com ação, um toque de amor e muito humor. Diversão garantida para todas as idades. É clichê, eu sei, mas não deixa de ser verdade.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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