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Crítica: Dunkirk

O filme é baseado no livro “A Batalha de Dunkirk”

Dunkirk se destaca por mostrar um outro lado da Segunda Guerra Mundial que não é muito badalado pelas mídias de entretenimento. Diferente de outras produções do gênero, o filme foca em uma das necessidades mais humanas, a sobrevivência.

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O filme é baseado no livro “A Batalha de Dunkirk”, que mostra um dos lados menos promovidos quando se produzem histórias de guerra, a evacuação de um exército inteiro acuado pelos ataques do Eixo. Por uma falha estratégica, a tropa britânica acabou encurralada nessa praia francesa (Dunquerque), onde centenas de milhares de soldados não tinham mais nada o que fazer além de esperar o resgate.

Apesar de ter vários heróis, Dunkirk não é sobre atos isolados. Todas as interpretações são contidas, quase anônimas, pois o que realmente importa aqui é contar essa história: como o exército aliado foi evacuado dessa praia francesa com a ajuda de civis que atravessaram o canal da mancha com seus próprios barcos.

Dunkirk

Há uma tensão no ar o tempo todo, as cenas foram montadas de uma forma que não deixa o público respirar, só trincar os dentes e torcer pelos personagens. Você luta para tentar respirar no mesmo ritmo que o soldado que está lutando pela vida na tela. Aliado a isso, a sonoplastia foi construída de forma a deixar o público mais angustiado ainda. Ela é cansativa, pesada, incômoda, e isso é importante para deixar a audiência mais imersa nessa situação infernal.

O mais interessante na narrativa do Nolan, é que acompanhamos essa história de três pontos de vistas diferentes, histórias que vão sendo contadas em fragmentos e se complementam para montar o quadro geral. Os protagonistas não vão do ponto A ao ponto B, pois tudo gira em torno desta praia, dos horrores reais de uma situação de guerra como essa e, além disso, do ser humano tendo a sua sanidade testada.

Dunkirk não é um filme de guerra tradicional, não tem a violência e as mutilações características. Como todos os filmes de Nolan, esse também não tem sangue para poder atingir a maior audiência possível. Apesar das circunstâncias totalmente adversas, o longa deixa aquele fio de esperança que te conduz pelas quase 2 horas de projeção, com alguns momentos de respiro.

Dunkirk

O filme estreou no dia 21 de julho nos EUA, mas chega ao Brasil nesta quinta-feira (27). O elenco com Tom Hardy (Farrier), Mark Rylance (Mr. Dawson), Fionn Whitehead (Tommy), Aneurin Barnard (Gibson). Dunkirk é o tipo de produção que precisa ser assistida no cinema, e se tiver a oportunidade, assista em IMAX para ter a experiência completa e aproveitar melhor a linda fotografia e a trilha sonora impecável produzida por Hans Zimmer.

Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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