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Review: Dragon Age: Inquisition

Construção dos personagens e trilha sonora são os pontos fortes

O Dragon Age: Inquisition é o terceiro game da saga Dragon Age e um título indispensável tanto para fãs quanto para novatos. O jogo é um RPG enorme, polido e com uma trama política que transforma os bastidores do jogo tão ou mais importantes que as cenas de batalha em si. Confira o review de Dragon Age: Inquisition e entenda porque ele é obrigatório para os amantes de RPG – e para todas os outros gamers do mundo também.

Veja também: Requisitos de sistema para Dragon Age: Inquisition no PC

O game da BioWare começa de um jeito nada tímido, com uma sutil fenda verde no meio do céu por onde saem demônios que querem destruir o mundo. Acontece que você, o personagem principal, estava lá para testemunhar o surgimento da brecha e foi o único que sobreviveu para contar história. Por um acaso do destino – tudo o que você queria era saber o que ia rolar num tal conclave – você acaba com a “marca”. Ela é um resquício da brecha que se abre no céu e permite fechar portais entre o mundo comum e o mundo imaterial. Ah, e ela também deixa a sua mão verde.

Dragon Age: Inquisition

Acontece que o mundo de DA: I é muito mais complexo que isso, e o pessoal, que inicialmente acha que você é o criador da brecha, depois muda de ideia e te elege uma espécie de messias da mão verde e uma figura central na Inquisição. E é justamente o papel do jogador criar laços e fortalecer a Inquisição enquanto mata uns demônios por aí.

Se você pretende entrar no mundo de Inquisition, prepare-se: você vai precisar dedicar muitas, muitas horas da sua vida ao mundo do RPG. E isso não é ruim. O jogo é muito envolvente e o progresso, apesar de lento, é recompensador. Há muito mais a se fazer do que simplesmente explorar os diferentes terrenos e conquistar novas armas e armaduras para a sua equipe. O grande diferencial de DA: I e, sem sombra de dúvidas, o que me manteve envolvida por mais de 50 horas (and counting…), é o contexto sócio-político por trás.

Ok, com sócio-político eu geralmente quero dizer planejar assassinatos, fechar contratos com nobres influentes e posicionar uma parcela do exército para assustar a galera só porque eu quero mesmo. Todas as suas ações geram reações imediatas em pontos de XP, Poder, Influência ou Benefícios, e também mudam o curso da história. Pequeníssimas decisões, aliás, abrem novas caixas de diálogo e moldam a experiência do jogo.

Dragon Age: Inquisition

Por exemplo, lá no início eu resolvi que queria ser uma elfa. Acontece que no mundo de DA: I, os elfos são uma escória maltratada e escravizada e, bem, ninguém gosta dos elfos. Então, durante o jogo, fica complicado convencer de que o grande messias dos humanos e salvador da pátria é… Bem, uma elfa.

A forma como os demais personagens interagem com você também é moldada de acordo com o seu comportamento, e certas decisões podem agradar ou desagradar os outros integrantes da Inquisição. Dica: não dá pra agradar todo mundo sempre.

Dragon Age Inquisition

Tanto os atos de bastidores que você executa para fortalecer a Inquisição tanto quanto as missões principais e as secundárias, de exploração, são incrivelmente bem feitas e divertidas. E isso foi uma baita surpresa, já que mesmo sair à caça de itens colecionáveis tornou-se uma tarefa satisfatória. A jogabilidade, em ambos os casos, é excelente, com pequenos poréns.

Durante o jogo, me deparei com alguns bugs e comportamentos bem irritantes da IA. Geralmente, você sai para explorar territórios com três outros integrantes do time, e pode com eles bolar estratégias de batalha. Minha personagem, que não era exatamente a melhor pessoa do mundo, geralmente ficava atrás, atirando flechas enquanto os outros apanhavam, por exemplo. Bem, tudo isso, na maior parte das vezes, funciona bem, mas houve quando um dos integrantes ficou preso dentro de uma parede no meio da batalha, quando todo mundo resolveu ficar na frente enquanto eu tentava alcançar uma escada ou quando a Cassandra (sempre ela) ficou parada na saída de uma caverna e me prendeu lá dentro com umas aranhas cuspidoras de veneno.

Bem, acontece. No geral, não há muitos erros a apontar na Dragon Age: Inquisition além dos bugs citados acima e do estranho comportamento do seu cavalo quando você se atira com ele de um precipício. Em termos de RPG, ele é inegavelmente um dos com a melhor jogabilidade da geração.

Dragon Age: Inquisition

O game tem também uma seção de multiplayer online, mas que não faz parte da campanha principal nem afeta de forma alguma seu progresso. O que eu queria mesmo era um modo cooperativo, mas fica pra próxima.

Dragon Age: Inquisition é tudo o que eu sempre sonhei que Skyrim para consoles seria um dia. Ao menos no Xbox One, os cenários são belíssimos, super ricos e detalhados. As texturas são realistas e a forma com que o cenário responde a, por exemplo, um certo tipo de iluminação, chuva ou vento é bonito de se ver.

Um reflexo desse cuidado todo é na construção do seu próprio personagem, lá no início do jogo. Você pode escolher, por exemplo, colocar cicatrizes no rosto e o quão profundas elas se parecem. É muito legal. Ah, outra dica: cuidado com suas decisões na hora de montar o personagem. Eu, não sei exatamente por que, resolvi colocar uma tatuagem azul na cara da minha elfa e agora ela anda por aí como se tivessem rabiscado o rosto dela de canetinha. Paciência.

Dragon Age Inquisition

A trilha sonora de DA: I é outro ponto forte, e não à toa causou tanto frisson quando foi disponibilizada online, de graça. O ponto alto são as canções de taverna, que geralmente falam sobre personagens ou etapas específicas do jogo. Eu, por exemplo, fiquei parada durante uns bons minutos para ouvir e acompanhar algumas letras na taverna em vez de sair por aí salvando o mundo.

Dragon Age: Inquisition

Nota do crítico - 9

9

Excelente

O game é divertido, complexo e absolutamente viciante. Os pequenos bugs não tiram o brilho.

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