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Review: Destiny 2

Um belo salto de qualidade para a franquia

Sou muito fã do Destiny, daqueles que jogou mais horas do que tem coragem de admitir. Mesmo assim, inegável que Destiny 2 superou todas as minhas expectativas e é um game muito mais maduro, completo, com tudo aquilo que o primeiro título tentou, mas não conseguiu entregar.

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Se procurar pelas notas do primeiro Destiny aqui no Videogame Mais, tanto do jogo base quando das expansões, todas as notas foram acima de nove pontos. Sempre foi um jogo tecnicamente impecável, com gameplay divertido e dinâmico, cenários lindos e trilha sonora emocionante. Entretanto, Destiny 2 conseguiu evoluir nestes quesitos e entregou uma história fechada e comovente.

A Bungie finalmente aprendeu com os erros do primeiro jogo e agora sabe como contar uma boa história, com a participação de vários personagens, humor e tensão na medida certa. Ela só não consegue acertar nos diálogos, sempre desinteressantes e rasos. Porém, nada que faça o jogador ficar entediado ou ofendido.

Destiny 2

Após finalizar o modo campanha, você finalmente tem a sensação que fez parte de algo importante, que participou de uma jornada coesa, com começo, meio e fim. Sua participação foi importante e trouxe transformações para este universo e para a vida das pessoas comuns. Isso é facilmente percebido pelas mudanças no hub social (não posso falar mais para não dar spoiler).

O modo campanha continua sendo curto, pois esse nunca foi o foco de Destiny, nem no primeiro, e nem no segundo jogo. A experiência multiplayer é o mais importante aqui. E para isso, Destiny 2 traz diversas novas atividades como “Aventuras”, “Blitz” e “Setores Perdidos”.

Essa é a magia de Destiny 2, pois é um jogo vivo, com um ambiente que muda com o progresso da história. Novos personagens aparecem, novas missões e eventos são adicionados de tempos e tempos.

Destiny 2

Atividades como Incursão, Assaltos, Anoitecer também estão presentes, trazendo os loots mais valiosos do jogo. Entre as atividades já conhecidas do primeiro jogo, a que teve a mudança mais bem-vinda foi o “Evento Público”, que agora aparece no mapa e mostra quantos minutos faltam para começar. Isso torna tudo mais aleatório e aproxima os jogadores que estão no mapa no momento.

Novamente, assim como no capítulo anterior, o jogo se transforma quando os jogadores chegam ao nível 20 (o máximo até este momento). Novas atividades são liberadas e o personagem tem acesso a armas e armaduras melhores, além de outros aspectos cosméticos.

Destiny 2 - Ghaul

A jogabilidade permanece intacta em relação ao primeiro. Neste quesito, quem fizer a transição do primeiro para o segundo jogo não vai notar diferença, basta pegar o controle e partir para a ação. Quem está chegando agora, saiba que o gameplay é divertido, dinâmico e cheio de possibilidades, como nenhum outro FPS consegue fazer. Tudo flui de forma suave.

O Crisol teve mudanças significativas e acabou com a briga entre quem prefere escopetas e rifles de precisão, pois ambos foram transformados em armas pesadas e, portanto, possuem munição escassa durante as partidas. Desta forma, os jogadores terão que confiar mais nas suas habilidades com a arma principal, assim como em qualquer bom jogo de tiro.

Para tornar o PvP ainda mais equilibrado, já não é mais possível eliminar um adversário com apenas um soco, ou no caso do Titã, aquela ombrada. Essas e outras novas regras deixam o jogo mais competitivo e o resultado dependente mais das habilidades de cada jogador do que em função do acaso.

Destiny 2 - Countdown

Os gráficos estão realmente deslumbrantes. Ao se livrar das limitações do PS3 e Xbox 360 e fazer um jogo totalmente focado na nova geração, a Bungie conseguiu dar um aspecto visual muito mais vibrante para Destiny 2. O jogo traz muito mais partículas em tela, os inimigos possuem mais texturas e se movimentam de forma diferente. Os cenários estão maiores, mais verticais, mais detalhados e com muito mais espaços escondidos para explorarmos.

A trilha sonora de Destiny 1 é uma das melhores que já ouvi. Mas a Bungie conseguiu evoluir ainda mais neste aspecto. Se no primeiro game as músicas eram mais épicas e marcantes, neste capítulo elas não muito mais emocionais e estão mais integradas, tanto ao gameplay, quanto no auxílio à narrativa.

Destiny 2 - Coração Gelado

Para não dizer que só elogiei Destiny 2, uma característica me incomodou muito. Agora, as armas não possuem mais aquele menu de progresso como em Destiny 1. Isso não é o problema. A questão está no novo sistema de mods, que parece mais confuso e difícil de administrar.

O Destiny 2 é isso tudo que relatei e muito mais. É um jogo divertido, trabalhado com total esmero e rico em atividades. São muitos detalhes e percepções que deixariam este review do tamanho de um livro. Quem está nessa desde o primeiro dia do Destiny 1, vai notar uma grande diferença e perceber as mudanças espantosas. Quem optar por começar por este novo game, começará em um universo muito mais coeso, integrado e convidativo.

Destiny 2

Gráficos - 9
Controles - 9
Som - 10
Diversão - 10

9.5

excelente

O game continua a saga do primeiro e eleva a franquia para um patamar ainda mais alto.

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Pedro Cardoso

Carioca, jornalista e apaixonado por games, cinema e esporte. Jogo videogame desde o Atari.

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